É inquestionável a contribuição do mercado de capitais à economia, diz Anbima

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Na visão da entidade, o momento não poderia ser mais oportuno para mostrar o papel do mercado de capitais para o dinamismo da economia - Envato
Na visão da entidade, o momento não poderia ser mais oportuno para mostrar o papel do mercado de capitais para o dinamismo da economia

Por Altamiro Silva Junior, Cynthia Decloedt e Jean Mendes, da Broadcast

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Publicado em 25/06/2025, às 15h27
São Paulo, 25/06/2025 - O presidente da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), Carlos André, afirmou nesta quarta-feira que é inquestionável a contribuição do mercado de capitais ao financiamento da economia. "O mercado de capitais não é um força invisível" disse na abertura do principal congresso da associação.
 "O momento não poderia ser mais oportuno para mostrar o papel do mercado de capitais para o dinamismo da economia", disse André. A declaração vem em momento que o governo quer taxar produtos antes isentos, como as debêntures de infraestrutura e Letras de Crédito Imobiliária (LCI) e Agrícola (LCA), além de uma alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre fundos de recebíveis.
 Os Fiagros, disse o executivo, já respondem por 31% do saldo do crédito rural no País, enquanto há quatro anos, respondiam por 19%.

Plataformas como diferencial

O surgimento de plataformas de investimentos foi um diferencial para o crescimento dos fundos de investimento, segundo Tatiana Itikawa, superintendente de Representação de Mercados da Anbima, durante o painel "Raio X do Mercado no Brasil: Oportunidades para as Assets", no Anbima Summit 2025. Entre as tendências discutidas, o foco crescente das gestoras em crédito foi destacado como um grande motor de crescimento nos últimos anos.
"A parte mais difícil para uma gestora independente era a distribuição dos fundos. As grandes mudanças vêm dos 'booms' das plataformas, o que também alterou o perfil dos investidores, com a entrada de pessoas físicas, já que antes era mais institucional," afirmou Itikawa durante o painel.
Outros dados apresentados indicam que o Brasil possui 1.273 gestoras administrando 32.417 fundos e atendendo a 41 milhões de cotistas - dentro destes 41 milhões possuem recontagem, pois a Anbima não consegue abrir o dado por CPF. Além disso, quase metade do crescimento significativo das captações, que totalizaram R$ 611 bilhões, ocorreu na renda fixa.
O Centro-Oeste destaca-se como a região com maior crescimento em termos de gestoras, enquanto o Sudeste continua liderando em volume.

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