Aluguel residencial sobe 1,02% em junho, após queda de 0,56% em maio

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No acumulado em 12 meses, São Paulo foi a única cidade a registrar desaceleração, saindo de 3,24% em maio para 2,97% em junho de 2025 - Envato
No acumulado em 12 meses, São Paulo foi a única cidade a registrar desaceleração, saindo de 3,24% em maio para 2,97% em junho de 2025

Por Por Juliana Garçon, da Broadcast

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Publicado em 04/07/2025, às 09h08 - Atualizado às 09h31

Rio, 04/07/2025 - Os aluguéis residenciais subiram 1,02% em junho, após queda de 0,56% em maio. Os dados são do Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (IVAR), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). O índice acumulou alta de 5,54% nos 12 meses encerrados em junho, ante um avanço de 5,11% nos 12 meses terminados em maio.

"A variação dos aluguéis tem mostrado sensibilidade ao nível restritivo das taxas de juros, com desaceleração nas variações acumuladas em 12 meses. Em junho do ano passado, o IVAR registrava alta interanual de 10,66%, bem acima dos 5,54% observados atualmente. Naquele período, a taxa Selic estava em torno de 10,50%, abaixo dos atuais 15%", comenta Matheus Dias, economista do FGV IBRE.

De acordo com o especialista, os indicadores de vendas de imóveis e de concessão de crédito imobiliário - especialmente aqueles com taxas de mercado - reforçam a hipótese de que, mesmo com a Selic elevada, a demanda por compra de imóveis tem se mostrado mais robusta do que a demanda por locação.

O IVAR foi criado para medir a evolução mensal dos valores de aluguéis residenciais do mercado de imóveis no Brasil, com informações obtidas diretamente de contratos assinados entre locadores e locatários sob intermediação de empresas administradoras de imóveis. Até então, a FGV coletava informações de anúncios de imóveis residenciais para locação, e não os valores efetivamente negociados.

Quanto aos resultados das quatro capitais que integram o índice da FGV, o aluguel residencial em São Paulo passou de uma queda de 6,02% em maio para alta 3,28% em junho, indicando forte reversão no movimento dos preços. No Rio de Janeiro, o índice saiu de alta de 3,01% para retração de 3,23%. Também houve desaceleração em Porto Alegre (de 3,81% para 0,96%) e em Belo Horizonte (de 4,83% para -1,34%)

No acumulado em 12 meses, São Paulo foi a única cidade a registrar desaceleração, saindo de 3,24% em maio para 2,97% em junho de 2025. No Rio de Janeiro a taxa acumulada em 12 meses passou de 3,98% para 5,93%. Em Belo Horizonte, a taxa de variação avançou de 7,98% em maio para 9,56% em junho. Por fim, em Porto Alegre teve aceleração de 5,82% para 6,02% entre maio e junho.

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