Chuva abaixo da média mantém conta de luz mais cara em julho, decide a Aneel

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Preocupação como o volume de água que chega aos reservatórios das hidrelétricas levou a Aneel a tomar a decisão - Divulgação / Belo Monte
Preocupação como o volume de água que chega aos reservatórios das hidrelétricas levou a Aneel a tomar a decisão

Por Luciana Collet, da Broadcast

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Publicado em 27/06/2025, às 18h03

São Paulo, 27/6/2025 - A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou há pouco o acionamento da Bandeira Vermelha patamar 1 nas contas de luz para o mês de julho, mantendo a mesma condição vigente ao longo de junho. Isso significa uma cobrança adicional de R$ 4,46 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.

De acordo com a agência reguladora, a manutenção da bandeira vermelha reflete a continuidade do cenário hidrológico negativo no País, com volume de água que chega aos reservatórios das hidrelétricas inferior à média histórica para o período, o que reduz a geração de energia por hidrelétricas.

"Esse quadro tende a elevar os custos de geração de energia, devido à necessidade de acionamento de fontes mais onerosas para geração, como as usinas termelétricas", diz a Aneel.

Conforme mostrou a Broadcast, especialistas do setor elétrico se dividiam entre quem apostava em uma bandeira tarifária vermelha patamar 1, como foi estabelecido pela Aneel, e quem antevia a possibilidade de bandeira amarela. De qualquer forma, o cenário se mostrou mais favorável do que o previsto no início de junho, quando o mercado trabalhava com a perspectiva de uma cobrança ainda mais elevada a partir de julho, com acionamento da bandeira vermelha patamar 2.

A chuva ao longo de junho, especialmente na região Sul, melhorou a situação de armazenamento na região, propiciando a queda dos preços da energia no curtíssimo prazo (PLD), um dos gatilhos para o acionamento da bandeira tarifária.

No entanto, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) aponta que em julho as chuvas ficarão abaixo da média na maior parte do País. E mesmo no Sul, onde as precipitações seguem com maior intensidade, a previsão é de forte redução dos volumes a partir da segunda semana do próximo mês.

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