José Patrício/Estadão Conteúdo
Publicado em 12/08/2025, às 09h36 - Atualizado às 16h34
São Paulo, 12/08/2025 - O Ministério Público de São Paulo (MPSP) deflagrou na manhã da terça-feira uma operação que prendeu fiscais do Departamento de Fiscalização da Secretaria de Estado da Fazenda, contabilizando em torno de R$ 1 bilhão em propinas. O esquema tinha como objetivo favorecer empresas do setor do varejo em troca de vantagens.
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Ao todo, foram cumpridos três mandados de prisão temporária. Entre eles, está o empresário Sidney Oliveira, dono da Ultrafarma, que teria se beneficiado da quitação de créditos tributários, fornecendo mesada para os operadores.
Os agentes também cumprem mandatos de busca e apreensão em endereços residenciais dos alvos e nas sedes das empresas investigadas.
A operação feita por intermédio do Grupo de Atuação Especial de Repressão aos Delitos Econômicos (GEDEC) e com apoio da Polícia Militar, relevou que o fiscal envolvido manipulava os processos administrativos e recebia pagamentos mensais em propina em uma conta registrada no nome da mãe.
Os investigados devem responder pelos crimes de corrupção passiva e ativa, organização criminosa e lavagem de dinheiro. De acordo com o MPSP, a Operação Ícaro é fruto de um trabalho investigativo de meses, com quebras de sigilo, análise de documentos e interceptações autorizadas pela Justiça.
A Secretaria da Fazenda e os investigados ainda não se pronunciaram sobre o esquema.
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