Investigados pela Operação Ícaro serão punidos com rigor, diz governador

Pablo Jacob/Governo do Estado de SP

Essa fraude começou em 2021, mas há casos desde 2015. Agora, é redesenhar processos, investir em tecnologia e punir, diz Tarcísio - Pablo Jacob/Governo do Estado de  SP
Essa fraude começou em 2021, mas há casos desde 2015. Agora, é redesenhar processos, investir em tecnologia e punir, diz Tarcísio

Por Geovani Bucci, da Broadcast

redacao@viva.com.br
Publicado em 15/08/2025, às 19h20 - Atualizado às 19h39
São Paulo, 15/08/2025 - O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), falou pela primeira vez sobre o caso de corrupção que envolve o empresário Sidney de Oliveira, dono da Ultrafarma, e a Secretaria da Fazenda do Estado, nesta sexta-feira, 15. Segundo Tarcísio, os envolvidos serão punidos "rigorosamente".
 Em conversa com jornalistas após evento em Sorocaba (SP), Tarcísio disse que, ao assumir o governo, encontrou um Estado "ainda muito analógico" e "carente de digitalização". Sobre os envolvidos no esquema, Tarcísio disse que não existia um órgão central de RH nem uma Controladoria-Geral, e que sua gestão está promovendo mudanças com investimentos em tecnologia.
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 "Essa fraude específica começou em 2021, mas há casos desde 2015. Agora, é redesenhar processos, investir em tecnologia, punir rigorosamente os envolvidos - na esfera administrativa, civil e penal - e ir atrás dos bens de quem lesou o Estado", afirmou o governador. "Eles vão sentir a mão pesada do Estado", acrescentou,

Auditores fiscais

 O empresário Sidney de Oliveira foi preso temporariamente em 12 de agosto após a deflagração da Operação Ícaro, do Ministério Público de São Paulo (MP-SP). A ação investiga um esquema de corrupção envolvendo auditores fiscais tributários da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP), que teriam recebido mais de R$ 1 bilhão em propinas para favorecer empresas do setor varejista.
 Além de Sidney, foram presos o executivo Mário Otávio Gomes, diretor estatutário da Fast Shop, rede especializada em eletrodomésticos e eletrônicos, e o auditor fiscal Artur Gomes da Silva Neto, da Sefaz-SP. O secretário Samuel Kinoshita se restringiu a citar uma frase do ex-ministro da Suprema Corte americana entre 1916 e 1939, Louis Brandeis, no X desde então. "A transparência é corretamente louvada como remédio para doenças sociais e industriais. Diz-se que a luz do sol é o melhor dos desinfetantes; a luz elétrica, o policial mais eficiente", escreveu.

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