Brasília, 04/08/2025 - Todos os cinco grandes setores acompanhados pelo Ministério do Trabalho e Emprego tiveram criação líquida de empregos em junho, segundo os dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta segunda-feira.
O mercado de trabalho brasileiro criou 166.621 novos empregos formais em junho. Em maio, o saldo havia sido positivo em 153.184 vagas, já incorporando os ajustes na série.
O setor de serviços teve a criação mais expressiva, com 77.057 novos postos de trabalho formal. É o equivalente a 46% do saldo do Caged no mês, positivo em 166.621 vagas. O resultado geral ficou abaixo da mediana da pesquisa Projeções Broadcast, positiva em 175 mil.
O comércio abriu 32.938 novas vagas em junho, e a agropecuária, 25.833 vagas. O saldo da indústria foi positivo em 20.105 postos de trabalho. A construção civil, por sua vez, teve geração líquida de 10.665 vagas.
Das 27 Unidades da Federação (UFs), 26 tiveram saldos positivos no mercado de trabalho formal em junho. Em números absolutos, as maiores criações líquidas de empregos ocorreram em São Paulo (+40.089), Minas Gerais (+24.228) e Rio de Janeiro (+15.363).
Só o Espírito Santo teve saldo negativo, com a destruição líquida de 3.348 postos de trabalho, puxada pela agropecuária (-4.893), especialmente o cultivo de café (-3.749). Roraima (+44) e Tocantins (+513) completam a lista de menores saldos.
O salário médio real de admissão foi de R$ 2.278,37, uma alta de 1,09% em relação a maio, e de 1,28% frente a junho de 2025.
Abaixo da expectativa
Apesar da criação de vagas, o resultado (166.621) ficou abaixo da mediana da pesquisa Projeções Broadcast, que apontava para um saldo positivo de 175 mil novas vagas. Todas as estimativas do mercado eram positivas, de 144 mil a 218.284. No domingo, 3, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, disse que o número de junho seria "bom".
O saldo do mês é 19,24% menor do que o observado em junho de 2024, quando foram criados 206.310 novos postos de trabalho, considerando a série com ajustes. O Caged registrou 2.139.182 admissões e 1.972.561 demissões em junho deste ano.
O saldo do primeiro semestre é positivo em 1.222.591 postos formais, um resultado 6,8% menor do que o observado no mesmo período de 2024, quando foram criados 1.311.751 novos empregos formais. No acumulado de 12 meses, os números mostram 1.590.911 contratações líquidas.