Valencia ameaça processar Netflix por documentário sobre Vini Jr.

Rafa Neddermeyer/ Agência Brasil

Manifestação de apoio a Vini Jr., em Brasília, em frente a Embaixada da Espanha, país onde ele sofreu ataques racistas - Rafa Neddermeyer/ Agência Brasil
Manifestação de apoio a Vini Jr., em Brasília, em frente a Embaixada da Espanha, país onde ele sofreu ataques racistas
Por Estadão Conteúdo [email protected]

Publicado em 19/05/2025, às 15h33

São Paulo, 19/05/2025 - A direção do Valencia reprovou publicamente parte do conteúdo do documentário "Baila, Vini", produzido pela Netflix, sobre Vinícius Júnior, e ameaçou acionar a Justiça contra a produtora da obra. O clube espanhol anunciou nesta segunda-feira que pediu uma "retificação" à plataforma de streaming.

"Em vista da injustiça e das falsidades cometidas contra os torcedores do Valencia CF, o clube exigiu por escrito uma retificação imediata do produtor do documentário sobre o que aconteceu em Mestalla, que não corresponde à realidade. A verdade e o respeito pelos nossos torcedores devem prevalecer. O Valencia CF se reserva o direito de tomar medidas legais", anunciou o clube espanhol, em comunicado.

O documentário, lançado no dia 15 deste mês, trata da trajetória esportiva do atacante da seleção brasileira, incluindo os episódios de racismo que o atleta vem sofrendo nos últimos anos. Um dos momentos mais tensos neste sentido aconteceu justamente no estádio do Valencia, o Mestalla, no dia 21 de maio de 2023.
Leia também: Cinco torcedores são condenados por atos racistas contra Vinícius Júnior
O caso ganhou repercussão mundial e quase virou crise diplomática entre Brasil e Espanha devido às ofensas racistas sofridas por Vini Jr. por parte da torcida local. De acordo com o jornal espanhol Marca, o trecho do documentário que causou incômodo no Valência é um vídeo curto publicado no Tik-Tok, gravado durante o jogo, que flagra a torcida gritando "tonto, tonto".

Na rede social, porém, a legenda diz "mono, mono" (macaco, em espanhol). Na época, até o técnico do Real Madrid, Carlo Ancelotti, reproduziu a fala em entrevista coletiva. Mas se corrigiu dias depois.

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