Após 26 anos, genéricos representam quase 40% do mercado de medicamentos

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Os medicamentos genéricos respondem por 85% dos produtos ofertados pelo Programa Farmácia Popular. - TASSO MARCELO/AGE/ESTADÃO CONTEÚDO
Os medicamentos genéricos respondem por 85% dos produtos ofertados pelo Programa Farmácia Popular.
Por Bianca Bibiano

Publicado em 20/05/2025, às 16h17

São Paulo, 20/05/2025 - Uma sessão solene na Câmara dos Deputados, realizada nesta terça-feira, marcou os 26 anos da Lei de Medicamentos Genéricos, programa que revolucionou a oferta de tratamentos farmacológicos no País. Atualmente, o faturamento do setor passa de R$ 297 milhões, representando mais de 38% de participação no mercado de medicamentos. De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos e Biossimilares (PróGenéricos), a estimativa é que avance mais 10% em 2025.

Os genéricos são cópias de medicamentos inovadores cujas patentes já expiraram, e sua produção deve  obedecer a rigorosos padrões de controle de qualidade. Atualmente, o Brasil tem 29 fabricantes de biossimilares, responsáveis por mais de 70 registros de medicamentos, que derivam mais de 80 apresentações comercializadas. 

Há genéricos disponíveis para mais de 90% das doenças conhecidas, das mais simples às mais complexas, como antidiabéticos, anti-hipertensivos e antilipêmicos, que aparecem entre os que mais cresceram no segmento. O processo de liberação desses medicamentos é regulamentado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Ainda de acordo com a PróGenéricos, esse tipo de medicamento responde por 85% dos produtos ofertados pelo Programa Farmácia Popular e se constituiu em um dos principais instrumentos disponíveis focados no acesso à saúde pública.

Durante a sessão solene na Câmara, o diretor da 4ª Diretoria da Anvisa, Rômison Rodrigues Mota, disse que a indústria dos genéricos é complexa e que a agência, responsável pelo registro, controle e fiscalização dos remédios, carece de pessoal.

“Há mais de R$14 bilhões parados na fila da Anvisa pela exclusiva falta de pessoas para analisar os processos. Então, fica aqui um apelo a todos desta Casa para que olhem para a Anvisa, para que a gente possa ter uma agência do tamanho do setor que ela regula", pontuou.

Palavras-chave Genéricos

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