CCEE prevê conta de luz mais cara em julho e agosto

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Volume de chuva pode prejudicar a vazão de hidrelétricas; em setembro, a bandeira amarela pode voltar a ser adotada - Divulgação / Itaipu
Volume de chuva pode prejudicar a vazão de hidrelétricas; em setembro, a bandeira amarela pode voltar a ser adotada

Por Estadão Conteúdo

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Publicado em 02/06/2025, às 19h19
São Paulo, 02/06/2025 - A perspectiva para a hidrologia nos próximos meses aponta para uma pressão de alta dos preços de referência para a energia de curto prazo, o que levará ao acionamento da bandeira tarifária vermelha 2 ao menos em julho e agosto, com cobrança adicional é de R$ 7,877 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. E a tendência é de que as contas de luz sigam com alguma cobrança adicional ao menos até novembro. É o que apontam as projeções apresentadas na tarde desta segunda-feira pelos técnicos da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
Após um maio com bandeira tarifária amarela, com cobrança adicional de R$ 1,88 a cada 100 (kWh) consumidos, passou a vigorar ontem (01) a bandeira vermelha 1, com cobrança adicional de R$ 4,46 a cada 100 kW/h.

Cenários

Nos dois cenários apresentados hoje - um que considera projeção de Energia Natural Afluente (ENA) via redes neurais, mais otimista, e outro que considera a precipitação observada entre junho de 2021 e julho de 2022, mais pessimista, - o acionamento da bandeira vermelha 2 é apontado para os próximos dois meses.
 A partir de setembro há divergências e, enquanto no primeiro cenário a indicação é de bandeira vermelha 1, no segundo a cobrança mais elevada permanece por mais um mês, recuando apenas em outubro.
 No décimo mês deste ano, os cenários voltam a convergir, com ambos indicando bandeira vermelha 1, mas em novembro, enquanto o mais otimista aponta bandeira amarela, encerrando 2025 com coloração verde, no mais pessimista a bandeira vermelha 1 permanece ainda no 11º mês e o País encerraria o ano na bandeira amarela, retomando a verde apenas em janeiro de 2026.
As diferenças têm como base a previsão para o volume de chuva que chegará aos reservatórios do País nos próximos meses. Embora em ambos os cenários a perspectiva seja de afluências abaixo da média histórica para o período, as projeções com redes neurais indicam Energia Natural Afluente (ENA) no patamar acima dos 70% entre junho e setembro, superando os 80% em outubro. Já no segundo cenário, o indicador fica abaixo dos 70% entre julho e setembro, também superando os 80% a partir de outubro.

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