Gastos com assinaturas no Brasil devem aumentar até 2030, revela pesquisa

São Paulo, 20/08/2025 - O consumo recorrente deve ganhar ainda mais espaço no orçamento dos brasileiros nos próximos anos. Uma pesquisa realizada pela Vindi em parceria com o Opinion Box revela que 48% das pessoas pretendem aumentar seus gastos com assinaturas de streaming até 2030, sinalizando a consolidação desse modelo no dia a dia da população.

O levantamento mostra que, apenas no último ano, 35% dos entrevistados já ampliaram seus gastos com assinaturas. Para 2025, 26% afirmam que irão investir mais nesse tipo de serviço, número superior ao registrado em 2024, quando a intenção era de 23%.

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Atualmente, a maioria dos consumidores (56%) gasta entre R$ 51 e R$ 200 por mês com essas despesas.

Segundo Marcelo Scarpa, vice-presidente de financial services da LWSA, a popularização das assinaturas está diretamente ligada à conveniência e à previsibilidade que oferecem.

A recorrência passou a representar praticidade para o consumidor. Para as empresas, significa receita estável e oportunidade de fidelização. É um modelo que amadureceu e deve continuar crescendo de forma sólida nos próximos anos", afirma.

O que os consumidores mais consomem?

O entretenimento ainda lidera a lista de assinaturas, com 73% dos consumidores pagando por streaming de vídeo e 45% por música.

Porém, o estudo destaca a expansão para categorias ligadas à rotina, como aplicativos de:

• Entrega de comida (40%);
• Academias (40%);
• Planos de saúde (43%);
• Seguros (35%); e
• Educação (29%).

O armazenamento em nuvem aparece entre as opções em crescimento, com 35% de adesão.

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Esse movimento, segundo Scarpa, mostra que o consumidor brasileiro já se acostumou com a lógica de pagamentos recorrentes, mas cobra retorno constante. 

Desafios no streaming e comportamento do consumidor

Apesar da adesão massiva, a experiência com streaming ainda gera dilemas. A pesquisa aponta que 58% dos brasileiros não aceitam anúncios dentro das plataformas, enquanto 45% consideram justo pagar menos e ver publicidade.

O compartilhamento de senhas, que antes era mais comum, caiu de 56% em 2024 para 49% neste ano.

A fidelização, de acordo com o estudo, depende principalmente da experiência de uso (30%), custo-benefício (20%) e vantagens exclusivas (26%).

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Por outro lado, 49% já cancelaram assinaturas por insatisfação e 39% afirmam que assinam serviços que usam pouco.

Meios de pagamento

O cartão de crédito ainda é o principal meio de pagamento das assinaturas, utilizado por 69% dos consumidores.

No entanto, apenas 24% afirmam confiar totalmente em cadastrar dados online.

Essa desconfiança tem impulsionado a busca por alternativas como Pix (13%) e débito (8%), especialmente entre os mais jovens.

Scarpa avalia que a chegada do Pix programado e do Pix parcelado deve acelerar essa transição.

As empresas terão que se adaptar para oferecer variedade e tecnologia que transmitam segurança, além de uma experiência simples na hora do pagamento", destaca.

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A Pesquisa de Assinaturas 2025 foi realizada em maio deste ano com 2.023 consumidores em todas as regiões do Brasil e possui margem de erro de 2,2 pontos percentuais.