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Setor de cabeleireiros movimenta R$ 130 bilhões por ano, diz pesquisa

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74% dos entrevistados se capacitaram formalmente antes de começar a atuar e a maioria defende a obrigatoriedade de cursos - Adobe Stock
74% dos entrevistados se capacitaram formalmente antes de começar a atuar e a maioria defende a obrigatoriedade de cursos

São Paulo 03/11/2025 – O segmento de cabeleireiros movimenta mais de R$ 130 bilhões por ano, mas ainda é um setor que falta regulamentação. Pesquisa realizada pela Divisão de Produtos Profissionais do Grupo L’Oréal no Brasil, em parceria com a empresa Provokers, mostra que 87% dos cabeleireiros afirmam querer continuar na carreira, movidos pelo prazer de transformar vidas e pela autonomia que a profissão proporciona.

Intitulada “Na raiz do PRO - Um retrato do brilho, das conquistas e dos anseios dos profissionais cabeleireiros”, a pesquisa revela que 56% dos profissionais sentem que a sociedade ainda os enxerga como quem escolheu o caminho fácil, apesar de 74% dos cabeleireiros terem buscado formação antes de começar a atuar.

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Além disso, 31% afirmam já ter sido julgados pela escolha profissional. Os dados, no entanto, revelam o oposto: é uma profissão de vocação e preparo. Quase metade (46%) afirma ter sonhado desde cedo em seguir a carreira, e mais de dois terços defendem a obrigatoriedade de cursos profissionalizantes.

“Essa é uma profissão essencial para a sociedade, mas que ainda precisa de mais reconhecimento. Queremos dar ainda mais visibilidade para as conquistas e os desafios desses profissionais, que fazem parte da base criativa e econômica da sociedade. Ser cabeleireiro é uma escolha que exige estudo, técnica e talento, e precisa ser vista com o respeito que merece”, afirma Joana Fleury, diretora da divisão L’Oréal Produtos Profissionais do Grupo L’Oréal no Brasil.

Formação e educação

Embora o setor movimente bilhões e conte com mais de 1,3 milhão de MEIs ativos, a profissão ainda tem oportunidades de regulamentação. Hoje não existe um curso superior e nem um curso de nível técnico em cabelereiro, e com isso existe uma transferência às empresas do setor o papel de formar e profissionalizar a categoria.

Embora não seja uma exigência legal, 74% dos entrevistados se capacitaram formalmente antes de começar a atuar e a maioria defende a obrigatoriedade de cursos (74%), mas 69% espera que esses treinamentos sejam oferecidos por empresas.

Maioria é mulher, preta e periférica

O estudo também confirma o papel do salão de beleza como espaço de acolhimento, expressão e inclusão social. O cabeleireiro brasileiro é, em sua maioria, mulher (62%), preta ou parda (52%) e periférica, e a categoria reúne 15% de profissionais LGBTQIAP+ — índice 2,5 vezes maior que o da população geral.

Mesmo assim, há desigualdade. As diferenças salariais ainda refletem desigualdades estruturais: homens ganham em média 19% a mais que mulheres, brancos 21% a mais que negros e heterossexuais 23% a mais que homossexuais.

Transformação social

O levantamento também revela que, para os cabeleireiros, a profissão vai muito além da estética: é um instrumento de transformação social — e também uma oportunidade real de crescimento profissional.

A pesquisa mostra que a renda média de um trabalhador formal de salão é de R$ 5.950, valor acima da média nacional per capita, de R$ 2.069. Entre os donos de salões, essa média chega a R$ 11.200, enquanto os autônomos registram R$ 4.950 mensais. Os números reforçam que é possível construir uma carreira sólida e financeiramente recompensadora no universo da beleza.

“Ser cabeleireiro não é apenas cortar ou colorir cabelos, é transformar vidas. É sobre reconhecimento, pertencimento e bem-estar. Fiquei muito feliz e entusiasmada com esse estudo. Sem dúvidas é um convite à sociedade e às instituições da indústria para enxergar a nossa categoria como ela merece: uma força criativa, econômica e social sem a qual o Brasil não seria o mesmo”, comenta Vivi Siqueira, cabelereira e embaixadora de L’Oréal Professionnel.

O levantamento contou com duas etapas: entrevistas em profundidade com cabeleireiros de referência e mais de 1.000 entrevistas quantitativas em mais de 400 cidades do país.

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