Agência Brasília
Por Paula Bulka Durães, com Flávia Said, do Broadcast
[email protected]São Paulo, 30/06/2025 - O Brasil registrou 148.992 empregos com carteira assinada em maio, de acordo com dados do Cadastro-Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) nesta segunda-feira, 30. O saldo positivo é inferior ao registrado no mês de abril, com 257.528 novos empregados.
Do total de maio, 65,78% das vagas foram preenchidas por jovens de 18 a 24 anos, com 98.003 empregos formais. O saldo foi positivo em todos os setores da economia, com destaque para o setor de serviços, com 70.139 cargos, seguido pelo comércio, com 23.258, e indústria, com 21.569 vagas.
Os estados que geraram mais empregos foram São Paulo (33.313) Minas Gerais (20.287) e Rio de Janeiro (13.642). O Rio Grande do Sul foi o único estado a registrar um saldo negativo neste mês, com 115 demissões a mais do que contratações. No acumulado de janeiro a maio, o saldo positivo do País chegou a 1.051.244 de vagas preenchidas.
A formação de emprego beneficiou mais mulheres do que homens, com 78.025 cargos. Pessoas pardas ocuparam 78,17% das vagas, e pessoas com nível médio de escolaridade foram maioria, com 113.213. O resultado ficou abaixo da mediana das expectativas na pesquisa Projeções Broadcast, de 171,8 mil postos de trabalho.
Diante desses dados, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, rechaçou comentários de que os jovens brasileiros não querem mais trabalhar em regime CLT e apenas empreender. "Esse número (de jovens empregados) derruba por terra essa certeza de muita gente que diz: 'Os trabalhadores jovens não estão aceitando ir para o mercado formal de trabalho'. O que os jovens não desejam - não somente os jovens, cada um de nós também não desejamos, é ter um chefe chato 8 horas no seu ouvido e ganhando pouco", completou.
Ele disse que tem chamado a atenção, em especial dos sindicatos, que a base da pirâmide salarial é muito baixa. "Aqui também carece de um debate profundo sobre os pisos salariais nas empresas, nos segmentos, no comércio, serviços, enfim. Na minha opinião, é disso que se trata", afirmou.
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