Chevrolet pode se despedir da China após fracasso de vendas de Monza e Tracker

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Mercado de chinês de automóveis é composto por 50% de modelos híbridos e elétricos - Envato
Mercado de chinês de automóveis é composto por 50% de modelos híbridos e elétricos

Por Vagner Aquino, do Broadcast

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Publicado em 31/05/2025, às 11h31
São Paulo, 31/05/2025 - Se contar as vendas de automóveis e comerciais leves 0km no Brasil, a GM ficou em terceiro lugar no acumulado do ano. Foram, no total, mais de 76 mil carros vendidos e 10,7% de participação. Bastante, afinal, a fabricante ocupa o terceiro lugar do pódio - perde, apenas, para Fiat e Volkswagen, em primeiro e segundo. Mas, na China, o cenário da marca norte-americana está bem diferente. Entre janeiro e abril, vendeu apenas 5.314 carros. Isso, no entanto, pode tirar a montadora do mercado.
 De acordo com informações do site Car News China, as vendas da Chevrolet, que não investe pesado em carros elétricos e vende por lá modelos como o sedã Monza (80% das comercializações da marca) e o SUV Tracker, despencaram na China. Para se ter ideia, dados monitorados pelo China EV DataTracker apontam que ao longo do ano de 2018, a fabricante vendeu 641.320 veículos no país asiático, onde detinha 2,8%. Hoje, com vendas irrisórias, sua participação despencou para 0,1%. Faz sentido, afinal, mais de 50% do mercado local é composto por modelos híbridos e elétricos.
 Informações da publicação chinesa Zaker apontam que a Chevrolet abortou planos de três modelos que tinham lançamentos previstos para o fim de 2023. Ainda sob codinomes, o C223 seria um SUV totalmente elétrico, o C1YC-2 chegaria por lá como um SUV topo de linha e, por fim, o D2UC-2 ICE seria uma versão renovada do Trailblazer.
 A publicação afirma que quem repassou a informação de que tudo ficou pelo caminho foi uma fonte interna da montadora. E não para por aí, afinal, a ideia é descontinuar os produtos existentes. Há indícios de que a marca vem reduzindo suas operações no país.
Como era de se esperar, não há informação oficial por parte da General Motors, mas o gerente geral da Saic-GM, Lu Xiao, teria desmentido os rumores de saída da marca do mercado chinês, classificando as informações como fake news. Há, portanto, quem diga que este seria um indício de que a Saic-GM assuma a responsabilidade pela rede de pós-vendas e manutenção dos veículos Chevrolet na China.

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