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Por Redação da Broadcast
redacao@viva.com.brSantiago, 16/11/2025 - Os centros de votação no Chile abriram suas portas na manhã deste domingo, 16, para as eleições gerais do país. Os chilenos decidirão entre a permanência do governo atual, de centro-esquerda, ou uma guinada ideológica à direita, após uma campanha dominada pelo temor à crescente violência e à imigração irregular.
Cerca de 15,7 milhões de pessoas foram convocadas às urnas para eleger o presidente, a totalidade da Câmara dos Deputados e parte do Senado em eleições gerais nas quais o voto será obrigatório pela primeira vez - após a promulgação de uma lei em 2022 que estipula multas de até US$ 100 para aqueles que se ausentarem da votação. Anteriormente, o sufrágio só era obrigatório para os eleitores que se registrassem previamente.
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Oito candidatos aspiram à presidência. A disputa está centrada entre a permanência do governo atual, cuja candidata é a comunista Jeannette Jara, e uma guinada ideológica representada pela candidatura do republicano José Antonio Kast, um dos principais representantes da extrema-direita latino-americana.
Enquanto Jara confia em somar votos com base em seus feitos como ex-ministra do Trabalho do governo atual, de Gabriel Boric - de onde impulsionou medidas como a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, a implementação de uma lei contra o assédio laboral e a reforma das pensões - Kast prometeu um “governo de emergência” para devolver ao país "a ordem, a liberdade e o respeito pelas instituições".
Os outros candidatos da direita são a economista Evelyn Matthei e o libertário Johannes Kaiser, que ganhou força com um discurso que promete medidas "drásticas" contra a delinquência e a imigração irregular.
De acordo com as últimas pesquisas, Jara e Kast se destacam como favoritos, mas nenhum conseguiu superar o patamar de 30% de apoio, o que indica que haverá segundo turno em 14 de dezembro.
Para ser eleito, qualquer um dos candidatos presidenciais deve superar 50% dos votos válidos, o que confere aos indecisos - que representam cerca de 20% do eleitorado - um papel crucial nestas eleições.
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