São Paulo, 27/06/2025 - Sem fornecer maiores detalhes, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, informou ontem que o país assinou um acordo com a China no dia anterior. O anúncio ocorreu enquanto Trump comentava negociações comerciais, durante evento na Casa Branca. "Assinamos com a China ontem [quarta]", afirmou.
"O Representante Comercial dos EUA, Jamieson Greer, está ocupado. Todo mundo quer acordo e ser parte disso", acrescentou.
Ainda segundo o presidente americano, "talvez" o país feche um acordo comercial com a Índia em breve.
Após uma escalada de tarifas recíprocas impostas entre as duas maiores economias do mundo, Pequim e Washington têm procurado aliviar as tensões comerciais entre as duas partes.
O acordo entre EUA e China pode representar um marco após a imposição de uma série de tarifas pela economia americana desde o "Liberation Day", no início de abril.
Pressão sobre juros
Também ontem, Trump voltou a criticar o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell. As declarações ocorrem em meio a relatos de que o presidente está avaliando nomear um substituto para Powell de forma antecipada, por considerar que o Fed adota abordagem lenta em relação ao corte de juros no país. "Temos que combater esse cara, ele não está fazendo o trabalho", afirmou Trump. "Se tivéssemos uma pessoa que cortasse um pouco os juros, isso ajudaria", disse.
Em reunião na Câmara de Comércio de Montana, Neel Kashkari, presidente do Fed de Minneapolis, argumentou ontem que, como os efeitos das tarifas na inflação dos EUA estão atrasados, mas vão se materializar, a postura cautelosa da autoridade monetária precisa ser mantida. Para Kashkari, empresários ainda não repassaram a pressão de custos causada pelo tarifaço aos preços finais porque ainda há estoques na economia.