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Fenômeno La Niña chega ao fim; veja como isso afeta o clima no Brasil

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O fenômeno climático La Niña causa mudanças na circulação atmosférica tropical - Adobe Stock
O fenômeno climático La Niña causa mudanças na circulação atmosférica tropical
Por Estadão Conteúdo [email protected]

Publicado em 11/04/2025, às 13h16

O fenômeno climático La Niña chegou ao fim, segundo confirmou a Administração Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA). De acordo com o novo boletim, o Oceano Pacífico voltou a apresentar condições de neutralidade em março deste ano.

"Isso significa que, no momento, não há nem La Niña nem El Niño influenciando o clima global - uma situação chamada de fase neutra", afirma a empresa de meteorologia Climatempo.

Conforme a NOAA, as temperaturas do mar na região central do Pacífico, anteriormente abaixo da média, normalizaram. Alterações nos ventos e nas nuvens indicam o fim da influência da La Niña.

"A previsão é que essa fase neutra continue pelos próximos meses com mais de 50% de chance de persistir até o trimestre entre agosto e outubro", afirma a Climatempo.

Os efeitos do fenômeno, que foi confirmado em dezembro do ano passado, estavam sendo acompanhados pela NOAA.

Ainda de acordo com a Climatempo, para o segundo semestre do ano os modelos de previsão climática ainda mostram bastante incerteza.

"Existe uma chance de 38% de a La Niña voltar, e menos de 20% de termos um novo El Niño. No entanto, como essa é justamente a época do ano em que os modelos costumam ter o pior desempenho, ainda é cedo para afirmar com segurança o que vai acontecer nos próximos meses", destaca a empresa de meteorologia brasileira.

Desta forma, é necessário aguardar por mais algumas atualizações para entender melhor o comportamento dos oceanos e da atmosfera. O próximo boletim da NOAA deve ser divulgado em 8 de maio.

Impactos no Brasil


Essa mudança no padrão do Pacífico pode alterar a forma como as chuvas se distribuem. Com o término da La Niña, o padrão climático do Brasil muda, tornando-se mais instável e irregular.

Durante a La Niña, é comum que o Sul do País fique mais seco, enquanto o Norte e o Nordeste recebem mais chuva. "Com o fim do fenômeno, esse padrão começa a perder força. O Sul, por exemplo, pode ter períodos de chuva e seca se alternando com mais frequência", disse a Climatempo.

Enquanto isso, a expectativa é que as regiões Norte e Nordeste observem leve diminuição das chuvas nos próximos meses.

O que é o La Niña?


O La Niña consiste no resfriamento em grande escala das temperaturas da superfície do Pacífico equatorial, especialmente na sua região central e oriental. Ele causa mudanças na circulação atmosférica tropical, incluindo os ventos, a pressão e os padrões de chuva.

Geralmente, anos sob influência do La Niña são mais frios, enquanto os de El Niño são mais quentes. No entanto, as mudanças climáticas têm bagunçado a influência dos fenômenos.

Palavras-chave chuva clima temperatura

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