Joédson Alves/Agência Brasil
São Paulo, 01/10/2025 - Uma funcionária terceirizada da agência da Caixa Econômica do Rio de Janeiro (RJ), foi presa na terça-feira, 30, acusada de contribuir com a fraude da biometria facial, responsável pelos desvios de R$ 600 mil em benefícios sociais, como FGTS e o Bolsa Família. A quadrilha alterou, ao longo de pelo menos cinco anos, dados cadastrais de usuários do aplicativo CAIXA Tem.
A funcionária, que não teve a identidade revelada, foi detida pela Polícia Federal (PF) na agência da avenida Rio Branco, no centro da capital carioca, acusada de furto, mediante a fraude. No dia 19, um servidor da mesma agência foi preso em flagrante.
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De acordo com as investigações, o grupo utilizava disfarces, como perucas e pintura facial, para criar autenticações novas. Outra prática incluia rostos criados por inteligência artificial e o uso de 'laranjas', como pessoas em situação de rua que não tinham o rosto cadastrado em nenhum banco de dados difundido.
Os dois funcionários teriam alterado os cadastros dos beneficiários, mantendo apenas o CPF e o nome. Em nota ao Viva e a Broadcast, a Caixa afirmou que "não houve qualquer prejuízo para os usuários do CAIXA Tem".
O banco também esclareceu que "identificou fraudes no sistema de biometria facial do aplicativo CAIXA Tem, tendo tratado o assunto com a máxima prioridade, por meio de medidas corretivas rigorosas, que incluem o aprimoramento contínuo dos algoritmos de detecção de fraudes e a recomposição integral das contas eventualmente impactadas".
Além da funcionária e do servidor, outro homem ligado ao esquema foi preso, segundo a PF.
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