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Governo divulga nota sobre combate ao tráfico de drogas e ao crime organizado

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Na nota, o governo afirma que "não tolera o tráfico de drogas e atua com rigor e ações de inteligência - Envato
Na nota, o governo afirma que "não tolera o tráfico de drogas e atua com rigor e ações de inteligência

Por Gabriel de Sousa, da Broadcast

redacao@viva.com.br
Publicado em 25/10/2025, às 09h58 - Atualizado às 10h16

Brasília, 24/10/2025 - A Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência divulgou uma nota com balanço das ações do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na área de segurança pública após a fala do petista em que ele afirmou que "traficantes são vítimas de usuários". A nota oficial faz parte da estratégia do Palácio do Planalto em conter a repercussão negativa da fala, que está sendo explorada pela oposição.

Na nota, o governo afirma que "não tolera o tráfico de drogas e atua com rigor e ações de inteligência, obtendo resultados históricos contra a espinha dorsal das organizações criminosas". A equipe de comunicação também listou operações da Polícia Federal (PF) contra o crime organizado.

"Com investimento em ações de inteligência, integração entre as diferentes forças de segurança, além da repressão à lavagem de dinheiro, o Governo do Brasil está impondo perdas nunca vistas ao crime organizado. Ações da Polícia Federal retiraram cerca de R$ 7 bilhões em bens dos criminosos apenas em 2024. O valor mais do que dobrou em relação ao ano anterior, representando mais um recorde histórico", diz a nota.

O texto destaca ainda que a atuação do Executivo federal contra o crime organizado pode ser impulsionado pela aprovação da PEC da Segurança Pública, apresentada pelo governo Lula e em tramitação no Congresso Nacional, e de outros textos sobre o tema que tramitam nas Casas legislativas. "O objetivo é somar as forças de todo o País para desmantelar as estruturas que alimentam o crime", diz a nota.

"Ações efetivas e resultados históricos contra as organizações criminosas reafirmam o compromisso do Governo do Brasil com a segurança das famílias do País. O Governo do Brasil segue firme contra o crime organizado e do lado do povo brasileiro", conclui a nota do governo Lula.

Em declaração nesta sexta-feira, durante entrevista coletiva de imprensa em Jacarta, na Indonésia, Lula disse que uma forma mais eficaz de combater o uso de drogas seria ter uma ação junto aos usuários. "Toda vez que a gente fala de combater as drogas, possivelmente fosse mais fácil a gente combater os nossos viciados internamente. Os usuários, os usuários são responsáveis pelos traficantes que são vítimas dos usuários também. Você tem uma troca de gente que vende porque tem gente que compra (...). Então é preciso que a gente tenha mais cuidado no combate a droga", afirmou.

Diante da repercussão negativa da declaração, a equipe de Lula buscou estancar as críticas em uma postagem na rede social X do presidente. Na publicação, Lula se retrata pela declaração e diz que fez uma fala "mal colocada".

"Fiz uma frase mal colocada nesta quinta e quero dizer que meu posicionamento é muito claro contra os traficantes e o crime organizado. Mais importante do que as palavras são as ações que o meu governo vem realizando, como é o caso da maior operação da história contra o crime organizado, o encaminhamento ao Congresso da PEC da Segurança Pública e os recordes na apreensão de drogas no País", afirmou o presidente.

Oposicionistas surfam na repercussão negativa e criticam Lula pela fala. Um deles foi o governador de Goiás e pré-candidato à Presidência, Ronaldo Caiado (União). "Como é que um país, como é que um cidadão de bem pode votar num homem desse? Onde é que nós estamos chegando? Um cidadão que defende explicitamente o traficante, o bandido. Veja bem o que é que nós estamos vivendo", disse Caiado no podcast 3 Irmãos.

Outro nomes da oposição, como o presidente do PP, Ciro Nogueira (PI), o líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), e o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) criticaram o presidente pela afirmação. "Daqui a pouco, o PCC vira ONG", ironizou Nikolas.

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