Rio, 27/06/2025 - A taxa de desocupação de 6,2% registrada no trimestre terminado em maio foi o menor resultado para esse período do ano em toda a série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A taxa de desemprego foi a mais baixa desde o trimestre até dezembro de 2024, quando também estava em 6,2%. Ou seja, o resultado desceu novamente ao segundo menor patamar da série, atrás apenas do trimestre encerrado em novembro de 2024, quando a taxa era de 6,1%. No trimestre terminado em maio de 2024, a taxa estava em 7,1%.
O dado atual atingiu o piso das expectativas dos analistas ouvidos pelo <b>Projeções Broadcast</b>, que estimavam uma taxa de desemprego entre 6,2% e 6,6%, com mediana de 6,3%. Em igual período do ano anterior, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 7,1%. No trimestre encerrado em abril, a taxa de desocupação estava em 6,6%.
Renda estável
A renda média real do trabalhador foi de R$ 3.457 no trimestre encerrado em maio. O resultado representa uma estabilidade em relação ao mesmo período do ano anterior. A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 354,6 bilhões no trimestre até maio, alta de 1,8% ante igual período do ano anterior e novo recorde.
A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 354,6 bilhões no trimestre encerrado em maio, alta de 5,8% ante igual período do ano passado. Na comparação com o trimestre terminado em fevereiro, a massa de renda real subiu 1,8%, com R$ 6,153 bilhões a mais.
O País registrou crescimento de 1,207 milhão de vagas no mercado de trabalho em apenas um trimestre, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua). A população ocupada ficou em 103,869 milhões de pessoas no trimestre encerrado em maio de 2025. Em um ano, esse contingente aumentou em 2,538 milhões de pessoas.
Já a população desocupada diminuiu em 644 mil pessoas em um trimestre, totalizando 6,828 milhões de desempregados no trimestre até maio. Em um ano, 955 mil pessoas deixaram o desemprego.
A população inativa somou 110,696 milhões de pessoas no trimestre encerrado em maio, 563 mil inativos a mais que no trimestre anterior. Em um ano, houve aumento de 1,582 milhão de pessoas.
O nível da ocupação - porcentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar - passou de 58,0% no trimestre encerrado em fevereiro para 58,5% no trimestre até maio. No trimestre terminado em maio de 2024, o nível da ocupação era de 57,6%.
Desalento
Há 2,892 milhões de pessoas em situação de desalento no trimestre encerrado em maio, segundo os dados da Pnad Contínua, 344 mil a menos em relação ao trimestre encerrado em fevereiro, um recuo de 10,6%. Em um ano, 434 mil pessoas deixaram a situação de desalento, baixa de 13,1%.
A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade - e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga. Os desalentados fazem parte da força de trabalho potencial.
Setor privado
O trimestre encerrado em maio mostrou uma abertura de 202 mil vagas com carteira assinada no setor privado em relação ao trimestre encerrado em fevereiro. Na comparação com o mesmo trimestre de 2024, 1,436 milhão de vagas foram criadas no setor privado.
O total de pessoas com carteira assinada no setor privado foi de 39,762 milhões de trabalhadores no trimestre até maio, enquanto os sem carteira assinada somaram 13,7 milhões de pessoas, 157 mil a mais do que no trimestre anterior. Em relação ao trimestre até maio de 2024, foram criadas 26 mil vagas sem carteira no setor privado.
O trabalho por conta própria ganhou a adesão de 329 mil pessoas em um trimestre, para um total de 26,196 milhões de trabalhadores. O resultado representa 724 mil pessoas a mais trabalhando nesta condição na comparação com o mesmo período do ano anterior.
O número de empregadores diminuiu em 51 mil em um trimestre, para 4,253 milhões de pessoas. Em relação a maio de 2024, o total de empregadores cresceu em 1,2%, número que representa um aumento de 52 mil empregadores.
O País teve um aumento de 106 mil pessoas no trabalho doméstico em um trimestre, para um total de 5,803 milhões de pessoas. O resultado representa queda de 17 mil trabalhadores ante o mesmo trimestre do ano anterior.
O setor público teve 606 mil pessoas a mais no trimestre terminado em maio ante o trimestre encerrado em fevereiro, para um total de 12,957 milhões de ocupados. Na comparação com o trimestre até maio de 2024, foram abertas 423 mil vagas.
Quanto à informalidade, a taxa é de 37,8% no mercado de trabalho no trimestre até maio. O Brasil alcançou 39,27 milhões de trabalhadores, crescimento de 191 mil trabalhadores nesta situação no período.