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Por Pedro Lima, da Broadcast
[email protected]São Paulo, 23/07/2025 - A Casa Branca divulgou hoje detalhes sobre o que chamou de "acordo histórico" de comércio e investimento entre os EUA e o Japão - que havia sido anunciado brevemente pelo presidente Donald Trump ontem. O pacto inclui um novo fundo bilionário de investimentos e ampliação de produtos americanos ao mercado japonês. Segundo comunicado do governo dos EUA, o pacto representa "um novo capítulo na cooperação bilateral".
Ponto central do acordo, o Japão se comprometeu a investir US$ 550 bilhões "direcionados pelos EUA para reconstruir e expandir indústrias americanas essenciais". De acordo com a Casa Branca, trata-se do maior compromisso de investimento estrangeiro já assegurado por qualquer país e que será aplicado em setores como semicondutores, infraestrutura energética, mineração de minerais críticos, indústria farmacêutica e construção naval.
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"Os EUA manterão 90% dos lucros desse investimento, garantindo que os trabalhadores e contribuintes americanos colham a maior parte dos benefícios", afirma. Como parte do novo arranjo, os EUA aplicarão uma tarifa básica de 15% sobre importações vindas do Japão. A medida, diz o comunicado, "ajudará a reduzir o déficit comercial com o Japão e restaurar maior equilíbrio à posição comercial americana".
O acordo também prevê a abertura do mercado japonês para diversos produtos dos EUA. Tóquio se comprometeu a aumentar em 75% as importações de arroz americano, além de adquirir US$ 8 bilhões em milho, soja, fertilizantes, bioetanol e combustível sustentável para aviação. Empresas japonesas também comprarão 100 aviões da Boeing e ampliarão compras de equipamentos militares dos EUA.
"Pela primeira vez, os padrões automotivos americanos serão aprovados no Japão", diz a Casa Branca, que classifica o pacto como "uma reorientação estratégica das relações econômicas EUA-Japão". Com o pacote, o governo espera gerar "centenas de milhares de empregos" e ampliar a autossuficiência dos EUA em áreas como energia, semicondutores e medicamentos. Também há tratativas para um novo contrato de fornecimento de gás natural liquefeito (GNL) vindo do Alasca ao Japão.
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