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Médicos de Bolsonaro suspendem remédio que causou suposta confusão mental

Tânia Rego/Agência Brasil/Arquivo

A defesa de Bolsonaro alegou que a tentativa dele de destruir a tornozeleira eletrônica se deu em contexto de confusão mental - Tânia Rego/Agência Brasil/Arquivo
A defesa de Bolsonaro alegou que a tentativa dele de destruir a tornozeleira eletrônica se deu em contexto de confusão mental

Por Flávia Said, da Broadcast

redacao@viva.com.br
Publicado em 23/11/2025, às 17h32
Brasília, 23/11/2025 - A equipe médica de Jair Bolsonaro (PL) informou há pouco que o medicamento que teria causado quadro de confusão mental no ex-presidente foi suspenso. Boletim assinado pelo cirurgião geral Claudio Birolini e pelo cardiologista Leandro Echenique afirma que, na noite de sexta-feira, 21, o ex-presidente relatou que apresentou quadro de confusão mental e alucinações, possivelmente induzidos pelo uso do medicamento Pregabalina.
Leia também: Prisão de Bolsonaro é mantida após audiência de custódia
Segundo os especialistas, a medicação foi receitada por outra médica, com o objetivo de otimizar o tratamento, porém sem o conhecimento ou consentimento dessa equipe. “Esse medicamento apresenta importante interação com os medicamentos que ele utiliza regularmente para tratamento das crises de soluços (Clorpromazina e a Gabapentina) e tem como reconhecidos efeitos colaterais, a alteração do estado mental com a possibilidade de confusão mental, desorientação, coordenação anormal, sedação, transtorno de equilíbrio, alucinações e transtornos cognitivos”, justificam Birolini e Echenique.
“O medicamento foi suspenso imediatamente, sem sintomas residuais neste momento. Foram realizados os ajustes necessários na medicação, restabelecendo a orientação anterior”, completam.
Os médicos relatam ainda que Bolsonaro “encontra-se estável do ponto de vista clínico e passou a noite sem intercorrências” e dizem que seguirão acompanhando a evolução clínica do ex-presidente e realizando reavaliações periódicas.

Defesa citou alucinação

Também na tarde deste domingo, 23, a defesa do ex-presidente sustentou, em manifestação ao Supremo Tribunal Federal (STF) que, mesmo queimando a tornozeleira, Bolsonaro não retirou o equipamento. Além disso, reforçou o que havia sido dito pelo ex-presidente em audiência de custódia, apontando "efeitos colaterais em razão das diferentes medicações prescritas". Segundo a defesa, isso levou a "pensamentos persecutórios e distantes da realidade".
A manifestação se deu em resposta ao ministro Alexandre de Moraes, que havia dado um prazo de 24 horas para que a defesa esclarecesse o episódio da queima da tornozeleira. Moraes determinou a prisão preventiva de Bolsonaro no sábado, 22, por risco de fuga.

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