Objetivo do consigando lançado pelo governo é melhorar a renda, diz Alckmin

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Presidente da República em Exercício, Geraldo Alckmin, em cerimônia de abertura da APAS Show, em São Paulo - Cadu Gomes/VPR
Presidente da República em Exercício, Geraldo Alckmin, em cerimônia de abertura da APAS Show, em São Paulo

Por Geovani Bucci e Luiz Araújo, do Broadcast

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Publicado em 12/05/2025, às 16h57

São Paulo e Brasília, 12/05/2025 - O presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, participou nesta segunda-feira, 12 da abertura da APAS Show 2025, em São Paulo (SP). Em seu discurso, Alckmin disse que o objetivo do programa de crédito consigando lançado pelo governo federal é melhorar a renda dos trabalhadores.

“O objetivo não é aumentar endividamento, mas melhorar sua renda. Muito trabalhador está pagando 50%, 60%, 70% de juros ao ano. Ele que pagava R$ 600, vai pagar R$ 320, então vai sobrar R$ 280 para consumir, ter poupança. O objetivo é melhorar a renda dos trabalhadores, mas vou levar a preocupação com endividamento”, afirmou o presidente em exercício.

O programa é visto com preocupação por parte do setor supermercadista que entende ser uma forma de aumentar o endividamento dos trabalhadores.

Outro assunto tratado no evento com preocupação foi a questão das bets. Alckmin disse que o atual governo foi quem deu vazão para a regulamentação. “Começou por regulamentar, limitar atuação, tributar. Vou levar preocupação de que precisa de um maior aperto sobre essa questão.”

Alckmin comentou ainda sobre a empregabilidade, questão levantada antes de sua fala. O presidente destacou que cinco milhões de pessoas já saíram do Bolsa Família por superarem o teto da renda. Sobre a proposta do governo de isentar do imposto de renda (IR) quem ganha até R$ 5 mil por mês, afirmou que a medida não resultará em “nenhum desequilíbrio fiscal".

Ao falar sobre as expectativas de impacto da reforma tributária, disse esperar como resultado a desoneração total de investimento e exportação. Segundo Alckmin, o Siscomex, único portal de exportação e importação, deve reduzir em R$ 40 bi por ano o “Custo Brasil”. “Não aumentamos imposto de exportação e baixamos imposto de importação”, afirmou.

Por último, sobre a expectativa para a economia nos próximos anos, o presidente disse que, com os impactos da reforma tributária e outros fatores econômicos, em 15 anos, o PIB brasileiro pode crescer 12% e os investimentos, 14%. “Deveremos ter uma safra recorde e o dólar despencou. Deve derrubar preços e inflação”, afirmou.

Além de Alckmin, discursaram na mesa de abertura representantes de entidades do setor supermercadista, do Legislativo de diferentes esferas, o prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB) e o governador em exercício de São Paulo, Felicio Ramuth. Ainda, o ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte do Brasil, Márcio França.

O ministro Márcio França destacou que o varejo tem tido peso para o crescimento do PIB nos últimos anos. “O varejo cresceu 4,7% em 2024. No primeiro trimestre deste ano, cresceu 3,7%, acima do mesmo período do ano passado”, afirmou França. O ministro citou que dois programas federais de financiamento, o Pronamp e o ProCred 360, emprestaram um total de R$ 45 bilhões para 700 mil empresas.

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