ONU condena decisão de Israel sobre Gaza e alerta para escalada da crise

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Representante da Dinamarca disse que há meses "o mundo assiste, em desespero", à deterioração das condições em Gaza, e que a decisão de Israel não garantirá a libertação dos reféns - Envato
Representante da Dinamarca disse que há meses "o mundo assiste, em desespero", à deterioração das condições em Gaza, e que a decisão de Israel não garantirá a libertação dos reféns

Por Por Júlia Pestana, da Broadcast

redacao@viva.com.br
Publicado em 10/08/2025, às 16h12 - Atualizado às 16h25

São Paulo, 10/08/2025 - Os representantes do Reino Unido, Dinamarca, Argélia e Somália criticaram há pouco, durante reunião do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), a decisão do governo de Israel de expandir e intensificar suas operações militares na Faixa de Gaza, afirmando que a medida agravará a crise humanitária e não trará solução para o conflito.

O representante do Reino Unido disse que seu país, junto a outros membros europeus do Conselho, solicitou o encontro em resposta ao anúncio israelense. Para ele, a decisão é "equivocada" e deve ser reconsiderada imediatamente, pois "não é um caminho para a resolução, mas para mais derramamento de sangue".

O diplomata também afirmou que familiares dos reféns alertaram que a medida não contribuirá para o retorno dos sequestrados. Ele ainda reiterou que o Hamas deve se desarmar e não ter papel futuro na administração de Gaza, onde a autoridade palestina deve assumir função central.

Já o representante da Dinamarca disse que há meses "o mundo assiste, em desespero", à deterioração das condições em Gaza, e que a decisão de Israel não garantirá a libertação dos reféns, mas apenas causará mais mortes.

Rejeitou qualquer deslocamento forçado e citou o parecer da Corte Internacional de Justiça que classifica como violação do direito internacional qualquer tentativa unilateral de mudar a demografia ou o status do território.

O representante da Argélia afirmou que "Gaza está enfrentando o inferno" e que o território está sob controle de uma potência ocupante que ameaça a paz e a segurança internacionais. "Aqueles que desenham seus mapas com sangue não devem caminhar à sombra da impunidade", disse, defendendo responsabilização.

Da mesma forma, o representante da Somália afirmou que a intenção de Israel de impor controle militar sobre toda Gaza "não é uma abstração", mas "um plano assustador para o próximo capítulo de devastação".

Ele lembrou que a Corte Internacional de Justiça foi clara ao considerar ilegais a ocupação, o bloqueio, a negação de acesso humanitário e a punição coletiva.

Palavras-chave Gaza Israel ONU

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