Papa Leão XIV pede paz no Oriente Médio e alerta para tragédia em Gaza

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Ele disse ainda que a guerra não resolve problemas, mas amplifica e inflige “feridas profundas na história dos povos, que levam gerações para cicatrizar” - Reprodução/Instagram @pontifex
Ele disse ainda que a guerra não resolve problemas, mas amplifica e inflige “feridas profundas na história dos povos, que levam gerações para cicatrizar”

Por Isabela Mendes e Pedro Lima, do Broadcast

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Publicado em 22/06/2025, às 12h15

São Paulo, 22/06/2025 - O Papa Leão XIV disse neste domingo que “notícias alarmantes” continuam a surgir do Oriente Médio, especialmente do Irã. Ele destaca que, nesse “cenário trágico”, que inclui Israel e Palestina, o sofrimento diário da população não pode ser esquecido, especialmente em Gaza, onde a necessidade de ajuda humanitária adequada se torna cada vez mais urgente.

“Hoje, mais do que nunca, a humanidade clama por paz. Este é um clamor que exige responsabilidade e razão, e não deve ser abafado pelo estrondo das armas ou pela retórica que incita ao conflito”, escreveu o pontífice em seu perfil no X. O Papa frisou que cada membro da comunidade internacional tem a responsabilidade moral de impedir a tragédia da guerra antes que ela se transforme num “abismo irreparável”. “Não existem conflitos ‘distantes’ quando a dignidade humana está em jogo”, afirmou.

Ele disse ainda que a guerra não resolve problemas, mas amplifica e inflige “feridas profundas na história dos povos, que levam gerações para cicatrizar”. Segundo Leão XIV, nenhuma vitória armada pode compensar a dor das mães, o medo das crianças ou futuros roubados. “Que a diplomacia silencie as armas! Que as nações tracem seus futuros com obras de paz, não com violência e conflitos sangrentos!”, concluiu o porta-voz do Vaticano na postagem.

Irã diz que não há contaminação por radiação

A Organização de Energia Atômica do Irã (AEOI, na sigla em inglês) afirmou em comunicado que, apesar do ataque de ontem dos Estados Unidos às suas instalações nucleares, "nenhuma contaminação por radiação ou emissões nucleares foi observada fora desses locais".

Mohammadreza Kardan, vice-presidente da AEOI e chefe do Centro Nacional de Segurança Nuclear, condenou os ataques de israelenses e americanos, ressaltando que "com base em todas as leis, regulamentos e normas internacionais, ataques a instalações ativas de qualquer país não devem ocorrer".

Kardan destacou ainda que "ao longo da história, não houve ataques a instalações nucleares no mundo", mas que as ações recentes contra o Irã "ocorreram pela primeira vez no mundo". Ele garantiu que "planejamentos prévios e medidas foram tomadas para garantir a segurança e a saúde do povo iraniano" e que a população pode "continuar sua vida normalmente nas áreas ao redor dessas instalações, sem qualquer preocupação".

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