Atuação do governo no caso da fraude do INSS é mal avaliada por 34%, mostra pesquisa

Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

De acordo com o levantamento, 23, 8% avaliam que a condução do governo Lula foi positiva; 40,7% consideram ruim o aumento do IOF - Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
De acordo com o levantamento, 23, 8% avaliam que a condução do governo Lula foi positiva; 40,7% consideram ruim o aumento do IOF

Por Cícero Cotrim e Geovani Bucci, do Broadcast

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Publicado em 17/06/2025, às 13h36
Brasília e São Paulo, 17/06/2025 - A atuação do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) diante do escândalo dos descontos indevidos no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é mal avaliada por 33,6% dos brasileiros, segundo a nova pesquisa CNT/MDA. Outros 23,8% avaliam que a condução foi positiva e 27,2%, que não foi positiva nem negativa.
 Num questionamento sobre o principal responsável pelas fraudes, 19,4% apontam o governo federal, atrás dos servidores públicos e gestores do INSS envolvidos (23,6%) e os que culpam "todos", inclusive os sindicatos e o governo anterior (25,5%). Individualmente, os sindicatos são responsabilizados por 10% e a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, por 7,8%.
O levantamento ouviu 2002 pessoas de 137 municípios de todos os Estados entre os dias 11 a 15 de junho no formato presencial. O nível de confiança é de 95%.

IOF

A pesquisa também mostra que quatro em cada dez brasileiros consideram que o aumento do IOF anunciado pelo governo foi uma medida ruim, porque os impostos no Brasil já são muito altos. Ao todo, 40,7% afirmaram que ouviram falar da alta do IOF, e consideram a medida ruim. Apenas 6,1% disseram considerar a ação positiva. Outros 49,8% não ouviram falar das medidas.
Segundo a pesquisa, 81,7% consideram pagar mais do que seria justo, contra apenas 7,9% que dizem pagar a quantidade certa, e 6,7% que avaliam pagar menos do que seria correto. Mais da metade da população, ou 52,5%, avalia que o retorno dos impostos, em termos de serviços públicos, é ruim ou muito ruim. Para 32,9%, é regular; e, para 12,0%, é muito boa ou boa.
Dois em cada três brasileiros, ou 67,3% da população, são contra pagar mais impostos em qualquer situação, inclusive especificamente para resolver problemas na saúde, educação e segurança, entre outros. Outros 21,9% disseram ser favoráveis, e 9,9% afirmaram que depende da finalidade do aumento de tributos.
 A maioria, 73,5%, considera que o governo não gasta bem o dinheiro arrecadado com impostos. Para 10,9%, o governo emprega bem os recursos, enquanto 10,7% consideram que o gasto é bom apenas em parte. Para 55,9%, os mais pobres pagam mais impostos no Brasil. Outros 23,4% disseram que todos pagam de forma igual, enquanto 8,6% afirmaram que a classe média é mais afetada, e 5,3%, que são as empresas.

Emprego e renda

As expectativas da população para o emprego e a renda melhoraram marginalmente entre fevereiro e junho, segundo a pesquisa. Em contrapartida, o levantamento identificou uma piora na área de educação, e uma percepção majoritariamente negativa na segurança.
A parcela que espera uma melhora na situação do emprego no País passou de 30% para 31% - dentro da margem de erro, de 2,2 pontos porcentuais. A razão dos que veem piora nesse setor caiu de 32% para 27%, oscilando mais do que a margem. No mesmo período, os que não projetam mudança passaram de 36% para 39%.
Apesar das oscilações, a expectativa de melhora do emprego continua no segundo menor nível do governo Lula, maior apenas do que na pesquisa de fevereiro. A expectativa de piora está no terceiro maior nível do mandato, menor do que no levantamento anterior e em maio de 2024 (28%).
A proporção da população que espera um aumento da renda nos próximos seis meses subiu de 29% para 31%, dentro da margem e ainda no segundo menor nível do mandato. Os que esperam diminuição da renda continuaram em 13%, o maior nível do governo. A parcela dos que esperam que o rendimento fique igual oscilou de 56% para 53%, também dentro da margem.

Segurança e educação

 O levantamento também identificou uma melhora marginal nas expectativas para a segurança, embora a percepção majoritária ainda seja negativa. A proporção dos que esperam que a situação piore nos próximos seis meses passou de 36% para 32%, no limite da margem de erro. Os que preveem melhora também caíram, de 26% para 24%. A razão dos que não esperam mudanças subiu de 37% para 42%, mais do que a margem.
 Na educação, a proporção dos que esperam melhoras nos próximos seis meses caiu de 35% para 32%, e a dos que esperam piora passou de 22% para 23%. A parcela que não espera mudanças passou de 41% para 43%. Todas as oscilações foram dentro da margem de erro. Na saúde, a expectativa de melhora passou de 27% para 28%, e a de piora, de 30% para 29%. A razão dos que não esperam mudanças ficou em 41%.

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