Plano de contingência contra tarifas dos EUA inclui linhas de crédito, diz Haddad
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Por Luiz Araújo e Flávia Said, da Broadcast
redacao@viva.com.brBrasília, 24/07/2025 - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira que o plano de contingência elaborado pelo governo para responder às tarifas impostas pelos Estados Unidos está concluído e será submetido à análise do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o ministro, o documento reúne "medidas de todo gosto", incluindo a possibilidade de abertura de linhas de crédito em apoio a empresas afetadas.
"O cardápio encomendado por Lula foi elaborado, inclusive dentro da lei internacional", afirmou Haddad em entrevista à Itatiaia. "Todo o cardápio possível e imaginável vai ser apresentado a Lula para decisão", disse. Haddad afirmou que o presidente sempre foi um negociador e que caberá a ele definir o momento político adequado para anunciar eventuais contramedidas.
O ministro voltou a criticar a postura do governo dos Estados Unidos ao defender que o país abandonou uma de suas principais bandeiras históricas. "Os EUA por 200 anos defenderam a defesa dos contratos", disse.
Haddad afirmou também que a posição brasileira tem sido respaldada internacionalmente. "A União Europeia, o mundo livre e organismos internacionais estão apoiando o Brasil", disse. O governo tenta o início oficial de negociações com o governo norte-americano para reverter a taxação de 50% para as exportações brasileiras.
O ministro disse há pouco que o governo tem compromisso com as metas fiscais estabelecidas e voltou a defender as medidas que ele classifica como "de justiça tributária".
"Temos compromisso com metas fiscais, nós vamos entregar em quatro anos o melhor resultado fiscal de 2015 para cá. Já passou Temer, já passaram Meirelles e Guedes e não conseguiram resolver o problema fiscal", afirmou Haddad em entrevista à Rádio Itatiaia.
O ministro também aproveitou para elogiar o relatório do deputado Arthur Lira (PP-AL) ao projeto que amplia a isenção de Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil por mês. Lira aumentou a faixa da redução parcial do IR - dos R$ 7 mil propostos pelo governo Lula para R$ 7.350,00. "Esses R$ 300 foram obra do relator Arthur Lira, quero reconhecer o mérito."
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