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Protestos contra feminicídio movimentaram cidades no fim de semana

MARCELO FONSECA/ESTADÃO CONTEÚDO

Uma série de manifestações contra o feminicídio marcou o domingo em diversas cidades, como São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Belo Horizonte - MARCELO FONSECA/ESTADÃO CONTEÚDO
Uma série de manifestações contra o feminicídio marcou o domingo em diversas cidades, como São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Belo Horizonte
Por Estadão Conteúdo estadaoconteudo@estadao.com

Publicado em 08/12/2025, às 10h18

São Paulo, 08/12/2025 - Uma série de manifestações contra o feminicídio marcou o domingo, 7, em diversas cidades do País, como São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Belo Horizonte.

Em São Paulo, o protesto foi na Avenida Paulista, na região central da cidade. As últimas semanas foram marcadas pela repercussão de casos brutais de violência contra a mulher no Estado e no País.

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O crime de feminicídio, tipificado pela Lei 13.104/2015, é o assassinato de mulheres em contexto de violência doméstica ou de gênero. Na capital paulista, Taynara Santos, de 31 anos, teve as pernas amputadas após ser atropelada e arrastada por um quilômetro na Marginal Tietê.

A defesa da vítima - e um amigo do agressor - afirmam que o rapaz cometeu o crime de forma intencional com o objetivo de matar a mulher. Na quinta-feira, 4 ela foi transferida para o Hospital das Clínicas. Nas redes sociais, a irmã de Taynara, Tatiana Souza Santos, informou que a jovem permanece entubada e ainda respira com auxílio de aparelhos.

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Esse não foi o único caso que repercutiu nas últimas semanas. Também em São Paulo, Evelyn de Souza Saraiva, de 38 anos, foi baleada seis vezes por seu ex-companheiro enquanto ela trabalhava na zona norte da cidade.
No Recife, uma mulher grávida e quatro filhos morreram durante um incêndio. O suspeito, pai das crianças, foi preso em flagrante no mesmo dia.
No Rio de Janeiro, duas funcionárias do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) foram mortas a tiros por um funcionário da instituição de ensino. O crime ocorreu no dia 28 de novembro.
Em Brasília, o corpo da cabo do Exército Maria de Lourdes Freire Matos, de 25 anos, foi encontrado carbonizado após um incêndio. O crime está sendo investigado como feminicídio, após o soldado Kelvin Barros da Silva, 21 anos, ter confessado a autoria do assassinato.

Recorde de casos em SP

Dados da Secretaria da Segurança Público do Estado de São Paulo apontam que a cidade de São Paulo já registrou em dez meses o maior número de feminicídios da série histórica, desde 2015. Antes, o maior índice registrado havia sido registrado nos doze meses de 2024, com 51 casos de feminicídios.
Em 2025, o Brasil registrou mais de 1.180 feminicídios e quase 3 mil atendimentos diários pelo Ligue 180, segundo o Ministério das Mulheres.
Dados do Mapa Nacional da Violência de Gênero indicam que, em média, quatro mulheres foram assassinadas por dia em 2024 em razão do gênero.

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