Tarcísio pede desculpas por ligar metanol à falsificação de Coca-Cola

Pablo Jacob/Governo do Estado de SP

Tarcísio afirmou que "não é a primeira vez" que pedia desculpas e que certamente "não será a última" - Pablo Jacob/Governo do Estado de SP
Tarcísio afirmou que "não é a primeira vez" que pedia desculpas e que certamente "não será a última"

Por Geovani Bucci, da Broadcast

redacao@viva.com.br
Publicado em 08/10/2025, às 10h38

São Paulo, 08/10/2025 - O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), publicou na terça-feira, 7, um vídeo nas redes sociais em que pede perdão por uma fala feita durante coletiva de imprensa sobre o enfrentamento aos casos de intoxicação por bebidas adulteradas com metanol, no Palácio dos Bandeirantes.

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Na ocasião, o governador afirmou: “No dia em que começarem a falsificar Coca-Cola, eu vou me preocupar.” O comentário de Tarcísio repercutiu negativamente e passou a ser alvo de críticas da imprensa e de adversários políticos, que compararam a declaração ao “não sou coveiro”, dito pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante a pandemia de Covid-19.

"Acabei fazendo uma brincadeira para descontrair a coletiva, que foi muito mal interpretada e, de fato, não cabia diante da gravidade da situação", disse o governador em vídeo. "Nosso compromisso não é com o erro, é com as pessoas. É resolver a crise e dar tranquilidade às famílias."

Tarcísio afirmou que "não é a primeira vez" que pedia desculpas e que certamente "não será a última". Disse estar ciente de suas limitações e falhas, e reconheceu que o arrependimento não apaga o passado, mas traz aprendizado. Segundo ele, é com essa lição que o governo seguirá construindo o caminho desejado, garantindo que continuará "dando o seu melhor".

O governador também utilizou o espaço para ressaltar o que sua gestão está fazendo para combater a crise. Tarcísio explicou que, ao prestar contas das ações do governo estadual no enfrentamento da crise do metanol, mencionou medidas em andamento. Entre elas, o convênio com a Associação Brasileira de Bebidas Destiladas (ABBD) e a Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe) para criar programa de combate à falsificação.

O chefe do Executivo paulista e o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite (PP), descartam que há participação do crime organizado (do Primeiro Comando da Capital, o PCC) na falsificação das bebidas até o momento. A hipótese de elo com a facção foi levantada pela Associação Brasileira de Combate à Falsificação.

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