Banho de gelo realmente ajuda a emagrecer? Estudo aponta efeito contrário

Imersões e banhos de gelo têm ganhado cada vez mais espaço entre quem busca melhorar a saúde e o bem-estar. Muitas pessoas acreditam que essa prática ajuda na clareza mental, na circulação, no metabolismo e até na redução de dores musculares e do estresse. Mas um novo estudo sugere que esse hábito pode não trazer os efeitos esperados quando o assunto é emagrecimento.

A pesquisa, publicada na revista Physiology & Behavior e disponível no site do PubMed , questiona o benefício da perda calórica. Segundo os autores, o aumento do metabolismo causado pela água fria pode vir acompanhado de um efeito rebote: o corpo continua esfriando após o banho e isso ativa áreas do cérebro ligadas à fome, levando a um aumento no apetite.

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Para testar isso, os cientistas convidaram 15 voluntários saudáveis e fisicamente ativos (10 homens e 5 mulheres) para mergulhar por 30 minutos em água fria (16 °C), quente (35 °C) ou em temperatura ambiente (25 °C). Após o banho, todos receberam um prato de macarrão e foram orientados a comer até se sentirem satisfeitos.

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Resultado

Quem mergulhou na água fria comeu, em média, 240 calorias a mais do que os outros grupos. Segundo o professor David Broom, da Universidade de Coventry, no Reino Unido, o corpo realmente gasta mais energia no frio, mas também tende a compensar esse gasto aumentando a ingestão de comida. Curiosamente, os participantes não relataram sentir mais fome, apenas comeram mais do que os demais.

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Ou seja, apesar de parecer promissor, o banho de gelo pode acabar dificultando o emagrecimento ao estimular o consumo de mais calorias depois da prática.