Mais da metade do Brasil em alerta de saúde por doenças respiratórias

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Os casos de SRAG estão crescendo em todo o país

Por Felipe Cavalheiro

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Publicado em 06/05/2025, às 15h32

São Paulo, 06/05/2025 - Na última quinta-feira (01) a cidade de Florianópolis decretou situação de emergência em saúde pública, por conta do crescimento nos casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG). No dia seguinte o estado de Minas Gerais também entrou em alerta pelo mesmo motivo. 

A crise com as doenças respiratórias vem em uma crescente desde março, quando se concentrava no norte e centro-oeste. A atualmente, 15 estados e o Distrito Federal, mais da metade do país, apresentam incidência de SRAG em nível de alerta, risco ou alto risco. As informações foram divulgadas na última quarta-feira (30) pelo Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz(FioCruz). 

O que é a SRAG

Quando uma Síndrome Gripal (SG) evolue o quadro e compromete a função respiratória, ela passa a ser uma síndrome respiratória aguda grave. Segundo o hospital Albert Einstein, a síndrome geralmente acompanha pneumonia, e pode trazer sintomas como sensação de peso no peito, lábios arroxeados e febre. 

Estados em alerta

O relatório da Fiocruz registrou, desde o início do ano,  45.228 casos da doença. Para entender o aumento nos casos, o boletim também apresentou o nível de atividade nas última duas semanas  e a tendência de crescimento, baseada nos casos registrados nas últimas seis semanas. 

Os estados de alerta ou superior foram observados nas seguintes regiões:

  • Acre
  • Amazonas
  • Bahia
  • Ceará
  • Goiás
  • Maranhão
  • Mato Grosso do Sul
  • Minas Gerais
  • Pará
  • Rio Grande do Norte
  • Rio de Janeiro
  •  Rondônia
  • Santa Catarina
  • São Paulo 
  • Tocantins 
  • Distrito Federal

Os estados de alerta ainda podem sofrer alteração, analisando especialmente a tendência de crescimento, na qual o DF e GO apresentam desaceleração, e o ES dá indícios de início de queda.

Fonte: Fundação Oswaldo Cruz
Fonte: Fundação Oswaldo Cruz

Os vírus responsáveis

A SRAG pode ser causada por diferentes vírus, especialmente Influenza, SARS-CoV-2, Rinovírus e Vírus sincicial respiratório (VSR). Nos casos que já testaram positivo para algum agente infeccioso, e 21,8% foram de Influenza A, 0,9% de Influenza B, 57% de VSR, 20,3% de Rinovírus, e 3,1% de SARS-CoV-2. 

Em uma análise das últimas 8 semanas, a indecência foi maior nas crianças até 2 anos, principalmente causada pelo VSR, enquanto a mortalidade atingiu sobretudo os adultos acima dos 65 anos, principalmente por Influenza e SARS-CoV-2. 

Fonte: Fundação Oswaldo Cruz
Fonte: Fundação Oswaldo Cruz
Fonte: Fundação Oswaldo Cruz

Cuidados

Causado por vírus contagiosos, precauções já aprendidas na pandemia de Covid ainda são validas. Exemplos como da Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso do Sul, que determinou medidas preventivas obrigatórias como distanciamento social, ventilação adequada das salas de aula e uso de máscaras por pessoas com sintomas respiratórios. 

Acima de todos os cuidados, a maior recomendação ainda é a vacinação. Para a influenza, que deve ser tomada anualmente, a campanha nacional de vacinação do Ministério da Saúde começou no dia 7 de abril, e atende os grupos mais atingidos pela crise atual, as crianças entre 6 meses e 6 anos e os adultos acima dos 60. 

Para a VSR, a Astrazeneca está disponível na rede pública, e pode ser aplicada gratuitamente em bebês de até 2 anos que tenham displasia broncopulmonar ou cardiopatia congênita com repercussão. Na rede privada também existe a Arexvy (GSK), específica para idosos. 

Palavras-chave SRAG alerta de saúde

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