São Paulo, 29/10/2025 - Um levantamento realizado pela consultoria Robert Half investigou como as empresas tem trabalhado o uso de inteligência artificial (IA) entre suas equipes e chegou à conclusão de que apenas 9% dos locais de trabalho no Brasil atingiram a maturidade digital. Essa maturidade envolve não somente o uso integrado, como também a governança da empresa e o uso responsável da tecnologia. Contudo, somente 15% do total das empresas contam com capacitações recorrentes sobre sistemas de IA para seus funcionários. Ao mesmo tempo, 40% das empresas no Brasil não capacitam seus funcionários para o uso responsável de IA.
A coleta de dados ouviu 1.150 pessoas, entre tomadores de decisão e profissionais qualificados, durante o mês de julho deste ano. Os resultados são um recorte de um estudo maior, o Índice de Confiança Robert Half, divulgado anualmente. Os entrevistados foram pessoas a partir de 25 anos que possuam curso superior completo e atuam com trabalho privado.
Enquanto 53% das organizações ainda se encontram nos estágios iniciais de exploração da IA, cerca de 30% afirmam não fazer uso dessa tecnologia em seus processos. Sobre os sistemas adotados, o estudo aponta para um alto uso das plataformas abertas, com 47% das empresas utilizando o Chat GPT, da OpenIA, e a Gemini, do Google.
“Quando se olha para a parte do mercado que tem maturidade digital, a inteligência artificial é uma parte integrante do negócio. Ela permeia processos estratégicos e conseguimos ter uma clareza do retorno do investimento em tecnologia”, afirma Caio Rodrigues, gerente da Robert Half. Tanto que
a pesquisa aponta que 42% dos empreendimentos já observam o aumento da produtividade com a adesão à IA. Em contrapartida, 35% ainda não registram impacto relevante sobre suas operações.
Entre os principais usos constatados pela consultoria, 35% das pessoas diz usar a IA para automatizar tarefas repetitivas. 31% usa a tecnologia para organizar fluxos internos e ganhar agilidade. “Estamos diante de uma mudança tecnológica profunda, mas há uma lacuna significativa entre o entusiasmo com as possibilidades e a preparação prática para sua adoção ética e eficiente”, comenta Elisa Jardim, gerente da Robert Half.
“As empresas precisam agir com rapidez para evitar riscos, como o vazamento de dados sensíveis. Além disso, é preciso formar equipes capacitadas para a extração do melhor valor dessas ferramentas."
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