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São Paulo, 24/07/2025 - Estudo realizado pela pela empresa de recursos humanos Randstad mostra que 69% dos profissionais do país se sentem motivados e 63% afirmam estar mais engajados do que há um ano. O índice brasileiro, no entanto, está abaixo da média global, que chega a 72%, e supera apenas o europeu, que é de 66%. Na América Latina, o número é 70%, na América do Norte atinge 74% e 75% na região Ásia-Pacífico, que inclui a Oceania.
“Os profissionais esperam uma experiência de trabalho completa, que una segurança, perspectiva de crescimento e respeito à individualidade”, afirma Diogo Forghieri, diretor de Negócios da Randstad Professional e Randstad Enterprise. O estudo Randstad Employer Brand ouviu 170.000 trabalhadores em 16 setores e mais de 6.000 empresas pesquisadas em todo o mundo. No Brasil, a pesquisa mapeou 150 empresas e entrevistou 4.227 pessoas entrevistadas.
De acordo com a empresa, os profissionais, atualmente, buscam mais do que salários atrativos ou benefícios: procuram também propósito, oportunidades reais de desenvolvimento e um ambiente onde se sintam verdadeiramente reconhecidos. A falta de reconhecimento é apontada como uma das principais causas de desengajamento. “E, quando presente, se torna um dos maiores fatores de motivação para escolher um outro empregador”, diz o executivo.
Os cinco principais atributos considerados na hora de encontrar um empregador, segundo a pesquisa, são: possibilidades de progressão na carreira, salário e benefícios competitivos, gestão inspiradora e ambiente de trabalho agradável. “Esses pilares são inegociáveis para quem hoje deseja atrair e manter os melhores talentos”, declara Forghieri.
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O levantamento, no entanto, também mostra que no primeiro semestre deste ano 29% dos profissionais entrevistados disseram que pretendem mudar de emprego, uma queda de 3 pontos porcentuais em relação a igual período de de 2024.
O recorte por idade aponta que a geração Z, com 19%, foi a que mais mudou de emprego no último ano, enquanto os baby boomers apareceram com apenas 6%. Para esta última, o principal motivo para a troca é a falta de equilíbrio entre vida profissional e pessoal, diferentemente das outras gerações que apontam a baixa remuneração como fator mais crítico para uma mudança.
Os dados específicos de intenção de mudança dos Millennials não foram destacados no estudo. “A retenção, hoje, passa por ouvir, reconhecer e oferecer caminhos reais de crescimento. Requalificação e valorização não são extras, são expectativas básicas dos talentos”, afirma Forghieri. O levantamento ainda mostra que a requalificação é essencial para 90% dos entrevistados.
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