São Paulo, 25/07/2025 - Líderes de Reino Unido, França e Alemanha pressionam Israel a liberar ajuda humanitária para Gaza, após o presidente francês, Emmanuel Macron, anunciar que seu país reconhecerá oficialmente um Estado palestino. Em declaração conjunta após uma ligação entre Macron, o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, e o chanceler alemão, Friedrich Merz, os líderes pediram cessar-fogo imediato e afirmaram que "reter assistência humanitária essencial à população civil é inaceitável". Ainda assim, o comunicado não trouxe novas medidas concretas.
Os líderes disseram que "estão prontos para tomar ações adicionais para apoiar um cessar-fogo imediato e um processo político que leve à paz duradoura para israelenses, palestinos e toda a região", sem detalhar quais seriam essas ações.
A decisão de Macron expôs divisões na Europa: embora todos apoiem a criação de um Estado palestino em princípio, a Alemanha descartou seguir a França por ora, e o Reino Unido também não reconheceu oficialmente a Palestina, apesar da pressão interna. Hoje, 221 deputados da Câmara dos Comuns assinaram carta pedindo o reconhecimento formal, afirmando que "desde 1980 apoiamos a solução de dois Estados, e essa medida daria substância à nossa posição".
No mesmo dia, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que seu governo estuda "opções alternativas" às negociações de cessar-fogo com o Hamas, depois que Israel e EUA retiraram suas equipes de negociação, aumentando a incerteza.
Segundo Netanyahu, "o Hamas é o obstáculo para um acordo de liberação de reféns" e "juntamente com nossos aliados americanos, estamos considerando alternativas para trazer nossos reféns para casa, acabar com o governo terrorista do Hamas e garantir paz duradoura para Israel e a região".
Mediadores do Egito e Catar afirmaram que as negociações devem ser retomadas em breve, mas sem data prevista.