No MaturiFest, 50+ atestam que não há idade para empreender

São Paulo, 21/08/2025 - “Não há idade para empreender.” A frase do empreendedor Caíto Maia, fundador da rede Chilli Beans, está totalmente afinada com o painel “Quem disse que empreender tem idade?”, realizado nesta tarde de quinta-feira, durante o MaturiFest. Além dele, participaram da conversa mediada por Mórris Litvak, fundador da Maturi, a jornalista Ana Paula Padrão e a influenciadora digital Patrícia Parenza. Todos já passaram a casa dos 50 e apresentaram exemplos para referendar que os maduros têm as condições necessárias para empreender, com coragem e disposição na busca por resultados.

A experiência, mostram eles, pode ser o fermento que faz crescer o bolo do empreendedorismo. Mas Ana Paula Padrão alerta: apenas paixão não basta, é preciso pesquisar e conhecer bem a área e o negócio que se quer. Ela própria tornou-se empresária após uma carreira consagrada no jornalismo televisivo. Padrão fundou a Tempo de Mulher, que facilita a conexão entre executivas c-level e aquelas que pretendem avançar na carreira, e mais recentemente, criou a Conquer Unna, de formação em liderança para mulheres.

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Ela acredita que as habilidades que temos e experiências de vida devem ser aproveitadas no momento em que se vai empreender. No seu caso, a vivência no jornalismo reforçou a disciplina e a curiosidade, ferramentas usadas para começar. Foi a curiosidade o motor por trás da busca por conhecer as áreas em que iria iniciar. 

Residente em Porto Alegre, Patrícia Parenza por sua vez, ressalta a importância do networking, desenvolvido principalmente quando era jornalista de moda. Ela já teve uma empresa de produção de vídeo e, com mais de 50 anos, criou a Gudinaite. Inspirada nas discotecas dos anos 1970 e 80, a festa é uma proposta de socialização para o público maduro, realizada das 18h às 24h. 

O evento está com agenda cheia para apresentações em várias cidades do País. “Só estou agregando”, diz ela, referindo-se a conhecimento e habilidades. De acordo com a influenciadora, sua rede de conhecimentos foi importante para a consolidação de seus projetos.

Caíto Maia conta que a empresa abre espaço para trabalhadores 50+. “Nosso olhar é para pessoas”, ressalta. A marca Chilli Beans surgiu em 1999 e, em 2019, ele fundou a rede Ótica Chilli Beans. Hoje, com 56 anos, diz que está com um padrão de vida mais equilibrado, “com mais tempo para mim, para os filhos, para meditação." Ele conta que durante a pandemia, 1.400 lojas fecharam. “Mas saímos mais fortes como empresa e como pessoa. Hoje, temos a diretoria de Felicidade”, declara, acrescentando que a empresa se recuperou - mais um exemplo de que não há idade para empreender.

Para quem pretende entrar no mundo dos negócios, Ana Paula Padrão recomenda: “Achem uma coisa que vocês entendam”. Ela defende que há espaço para produtos voltados ao público 50+. “Vou comprar para quem está vendendo para mim”, afirma, referindo-se a produtos específicos para esse público. Um quadro que reforça a visão de que não faltam coragem, disciplina, conhecimento e vivência para quem pretende empreender. Como diz a apresentação do painel, “idade não é limite, é bagagem para criar negócios ainda mais relevantes”.