Pesquisa salarial aponta diferença entre expectativas de empregados e empregadores

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Dados mostram que 46% dos funcionários estão dispostos a deixar seus cargos atuais

Por Claudio Marques

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Publicado em 26/05/2025, às 15h58 - Atualizado às 15h59

São Paulo, 26/05/2025 - Pesquisa mostra que 37% dos trabalhadores não tiveram reajuste em 2024, 13% tiveram redução salarial e 48% consideram seus ganhos incompatíveis com suas responsabilidades atuais. O levantamento aponta que 46% dos trabalhadores estão dispostos a deixar seus cargos atuais, enquanto companhias relatam escassez significativa de competências e dificuldade no preenchimento de vagas, sendo que 58% dos empregadores relataram o problema. 

Os dados fazem parte do Guia Salarial 2025, elaborado pela consultoria Hays. A pesquisa foi realizada em setembro de 2024 com 16.334 participantes do Brasil, México, Colômbia, Chile e outros países da América Latina. As empresas ouvidas pertencem diversos setores e segmentos com 1 a mais de 10.000 funcionários.

Segundo o levantamento, entre os que dizem ter dificuldade para contratação, 54% apontam os cargos de nível intermediário como o principal entrave, antes 22% disseram que a dificuldade maior estava nas posições de entreada. De acordo com o documento, o nível médio é o mais difícil de contratar, em
parte devido à falta de investimento no desenvolvimento de funcionários iniciantes para essas funções.

Habilidades 

As habilidades mais comuns que os funcionários desejam desenvolver são: Negociação, Gestão de Pessoas e Comunicação Interpessoal. Já as habilidades mais procuradas pelos empregadores são Capacidade de adotar mudanças, Comunicação Interpessoal, e Flexibilidade e Adaptabilidade.

Outro dado mostra que, embora 56% das organizações recomendem o uso de tecnologias de IA,  81% dos funcionários não receberam  formação ou apoio do seu empregador para a tecnologia tem seu trabalho.

"Estas estatísticas destacam uma questão crítica: a crescente desconexão entre as expectativas dos empregados e as exigências dos empregadores, diz Jonathan Sampson, presidente da América Latina da Hays, na introdução do estudo.

"Para preencher estas lacunas, as empresas precisam de investir no desenvolvimento, considerar trabalhadores contratados e concentrar-se na resiliência através de uma maior retenção, formação específica e estratégias de recrutamento eficazes, especialmente no nível intermediário." 

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