Antonio Cruz/Agência Brasil
São Paulo, 03/06/2025 - Chega a 100 mil o número de pessoas atendidas em agências dos Correios sobre os descontos associativos indevidos no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Os atendimentos presenciais começaram na última sexta-feira, 30, para alcançar os aposentados e pensionistas que enfrentaram dificuldades tecnológicas para acessar as informações pela internet ou telefone.
Nas agências, os beneficiários do INSS podem: consultar os descontos; contestar os descontos indevidos; reconhecer ou autorizar algum desconto; consultar o resultado sobre a contestação (depois de um prazo de 15 dias); contestar a documentação apresentada pela associação; imprimir o protocolo com orientações sobre atendimento nos canais oficiais "Meu INSS" e 135. Ao todo, participam 4.730 unidades dos Correios espalhadas pelo País (confira a lista completa aqui).
Mais de 2,5 milhões de beneficiários apontaram não reconhecer os descontos, segundo os dados mais recentes divulgados pelo governo federal. De acordo com as informações, 85,8% consultaram pelo aplicativo ou site "Meu INSS", 9,8% pelo canal telefônico 135 e 4,4% pelas agências presenciais dos Correios. Até o momento, 41 associações foram contestadas.
Apenas documento de identificação com foto. Não são necessários extratos, contracheques e comprovante de inscrição. O aposentado e pensionista que não puder comparecer presencialmente pode enviar um representante legal, desde que este apresente uma procuração autenticada.
O INSS também alerta que não são feitos atendimentos em domicílio. Os únicos canais oficiais são o aplicativo ou site "Meu INSS", o telefone 135 e, agora, as agências parceiras dos Correios.
A medida tem por objetivo combater a fraude nos pagamentos do INSS, em que associações falsificaram assinaturas e documentos para desviar R$ 6,3 bilhões, entre 2019 e 2024, de acordo com a Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU).
A PF suspeita de lavagem de dinheiro, corrupção e enriquecimento ilícito envolvendo funcionários do governo. O então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e outros dirigentes do órgão foram afastados dos cargos. O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT), pediu demissão e foi substituído pelo então secretário executivo da pasta, Wolney Queiroz, agora titular do ministério desde o começo do mês passado.
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