Marcelo Camargo/Agência Brasil
Por Paula Bulka Durães
[email protected]São Paulo, 26/05/2025 - A partir desta sexta-feira, 30, os aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) poderão ir presencialmente em agências dos Correios verificar se foram descontados valores não autorizados na folha do benefício. Ao todo, participam 4.730 unidades espalhadas pelo País (confira a lista completa aqui).
A parceria foi divulgada na última quinta-feira, 22, pelo ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, visando atender beneficiários que encontraram dificuldades tecnonógicas pela internet ou telefone. Os pedidos de reembolso não tem um prazo máximo estabelecido pelo instituto.
O INSS se comprometeu ainda a levar as consultas para regiões remotas, com dificuldade de acesso às agências dos Correios, através de um atendimento itinerante, como o PREVMóvel. Não há previsão para o começo do serviço.
Apenas documento de identificação com foto. Não são necessários extratos, contracheques e comprovante de inscrição. O aposentado e pensionista que não puder comparecer presencialmente pode enviar um representante legal, desde que este apresente uma procuração autenticada.
Nas agências presenciais, os beneficiários do INSS podem: consultar os descontos; contestar os descontos indevidos; reconhecer ou autorizar algum desconto; consultar o resultado sobre a contestação (depois de um prazo de 15 dias); contestar a documentação apresentada pela associação; imprimir o protocolo com orientações sobre atendimento nos canais oficiais "Meu INSS" e 135.
O INSS também alerta que não são feitos atendimentos a domicílio. Os únicos canais oficiais são o aplicativo ou site "Meu INSS", o telefone 135 e, agora, as agências parceiras dos Correios.
A medida visa a combater a fraude nos pagamentos do INSS, em que associações falsificaram assinaturas e documentos para desviar R$ 6,3 bilhões, entre 2019 e 2024 de acordo com a Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU). Até o momento, 41 associações foram contestadas pelos beneficiários.
A PF suspeita de lavagem de dinheiro, corrupção e enriquecimento ilícito envolvendo funcionários do governo. O então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e outros dirigentes do órgão foram afastados dos cargos. O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT), pediu demissão e foi substituído pelo então secretário executivo da pasta, Wolney Queiroz, agora titular do ministério desde o começo do mês.
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