15 personalidades marcantes que nos deixaram nos anos 80

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O “Rei do Baião” popularizou ritmos nordestinos com obras como “Asa Branca” e “Baião de Dois” - Foto: Reprodução
O “Rei do Baião” popularizou ritmos nordestinos com obras como “Asa Branca” e “Baião de Dois”

Por Joyce Canele

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Publicado em 24/06/2025, às 10h26 - Atualizado às 14h03

Os anos 1980 foram um período de grandes mudanças e intensas emoções no Brasil e no mundo. Entre avanços políticos, movimentos culturais e revoluções musicais, o País e o planeta enfrentaram mortes de figuras que marcaram gerações com seus talentos, suas lutas e suas histórias.

15 personalidades que partiram durante essa década deixando legados na memória coletiva. De ícones da música popular brasileira e internacional a líderes políticos e ativistas ambientais, cada um desses nomes contribuiu para moldar o cenário cultural e social de sua época.

1. Vinícius de Moraes – 9 de julho de 1980

Poeta, diplomata e dramaturgo, Vinicius celebra a MPB eternizada com “Garota de Ipanema”, em parceria com Tom Jobim. Sua trajetória também é marcada por canções como “Aquarela”, “Eu Sei Que Vou Te Amar” e “Chega de Saudade”. Morreu no Rio de Janeiro após complicações causadas por isquemia cerebral.

2. John Lennon – 8 de dezembro de 1980

Aos 40 anos, o ex-Beatle foi brutalmente assassinado por um fã em frente ao seu apartamento em Nova York. Figura central da música, ativista e símbolo de paz, Lennon deixou um vazio profundo no mundo pop.

3. Bob Marley – 11 de maio de 1981

Lionel Ritchie? Não. O rei do reggae, líder dos Wailers, revolucionou a música com faixas como “No Woman No Cry” e difundiu a espiritualidade rastafári. Diagnosticado em 1977 com câncer, morreu em Miami. Seu funeral foi tratado como cortejo de chefe de estado.

4. Elis Regina – 19 de janeiro de 1982

Apelidada de “Pimentinha”, Elis tornou-se referência na música brasileira por suas interpretações emotivas. Desde os 11 anos na rádio, consagrou-se com prêmios e troféus. Veio a falecer aos 36 anos por alta dose de cocaína e álcool.

5. Jackson do Pandeiro – 10 de julho de 1982

O “Rei do Ritmo” que popularizou o samba rock imortalizou clássicos como “O Canto da Ema” e “Sebastiana”. Autodidata, atingiu seu auge após shows no Rio; morreu em Brasília vítima de embolia cerebral. Recebeu homenagens póstumas, incluindo estátuas e documentário.

6. Clara Nunes – 2 de abril de 1983

A primeira mulher com mais de meio milhão de cópias vendidas, Clara era símbolo da raiz africana no samba. Com seu estilo marcante – vestido rendado, pulseiras e cabeleira ruiva –, teve morte repentina,  durante uma cirurgia, por choque anafilático.

7. Tancredo Neves – 21 de abril de 1985

Eleito o primeiro presidente civil após a ditadura militar, Tancredo emocionou o país. Tragicamente, foi internado horas antes da posse e morreu em consequência de diverticulite. Seu vice, José Sarney, assumiu interinamente.

8. Nelson Cavaquinho – 18 de fevereiro de 1986

Figura central da Mangueira, com mais de 600 composições, destacou-se por obras como “Juízo Final” e “Folhas Secas”. Manteve a poesia sambista viva até sua morte por enfisema pulmonar.

9. Flávio Cavalcanti – 22 de maio de 1986

Apresentador de televisão (“Nossos comerciais, por favor”), Flávio morreu vítima de um ataque cardíaco durante seu programa. Era uma voz influente e polêmica da TV brasileira.

10. Clementina de Jesus – 19 de julho de 1987

A “Rainha Ginga”, revelada aos 63 anos, trouxe à luz cantos negros ancestrais com alma e força. Trabalhava como lavadeira e passadeira antes de gravar “O Canto dos Escravos” e conquistar espaço na MPB. Faleceu vítima de AVC.

11. Carlos Drummond de Andrade – 17 de agosto de 1987

Um dos maiores poetas brasileiros, criou versos eternos como “no meio do caminho tinha uma pedra”. Tradutor, cronista, ironista do cotidiano, partiu poucos dias após a morte de sua filha, deixando enorme legado literário.

12. Chacrinha – 1988

Abelardo Barbosa, o “Velho Guerreiro”, reinou no rádio e na TV (“Cassino do Chacrinha”), popularizando bordões e ao mesmo tempo sendo figura crítica e irreverente. Enfrentava câncer de pulmão e sofreu infarto com insuficiência respiratória.

13. Chico Mendes – 22 de dezembro de 1988

Símbolo da luta na Amazônia, o seringueiro e líder sindical mobilizou trabalhadores rurais, fundou o Conselho Nacional de Seringueiros e ajudou a criar o PT. Foi assassinado por fazendeiros, deixando um marco de resistência ambiental e social.

14. Luiz Gonzaga – 2 de agosto de 1989

O “Rei do Baião” popularizou ritmos nordestinos com obras como “Asa Branca” e “Baião de Dois”. Com mais de 200 discos e 30 milhões de cópias, vinha debilitado por pneumonia e osteoporose. Apoiou-se em homenagens como enredo de escola de samba.

15. Raul Seixas – 21 de agosto de 1989

O “pai do rock brasileiro” uniu rock, baião e filosofia em músicas icônicas, ao lado de Paulo Coelho. De volta ao Brasil após exílio, enfrentava alcoolismo e diabetes; morreu por ataque cardíaco e pancreatite. Até hoje, nos bares, gritam: “toca Raul”.

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