Foto: Envato Elements
Por Gabrielly Bento
[email protected]Por mais que pareça estranho para os mais jovens, grandes marcas conhecidas pela produção de cervejas já tiveram presença marcante no mercado de refrigerantes no Brasil. Nomes como Brahma e Skol, hoje fortemente ligados ao universo cervejeiro, foram também responsáveis por bebidas não alcoólicas que fizeram enorme sucesso nas décadas de 1980 e 1990.
Com o passar do tempo, muitas dessas marcas saíram de circulação, mas ainda são lembradas com carinho por quem viveu a efervescência dessa época. Confira alguns dos refrigerantes que marcaram gerações e entenda por que eles desapareceram das prateleiras.
Lançado em meados da década de 1970, o Guaraná Skol entrou para a história como o primeiro refrigerante nacional a ser vendido em latas de alumínio. A novidade, à época, exigia que os consumidores utilizassem abridores manuais para consumirem a bebida. Seu ciclo de produção se encerrou em 1989, mas a inovação no modo de consumo deixou sua marca.
Pouca gente sabe, mas o Guaraná Brahma começou a ser produzido ainda na década de 1920. Com uma longa trajetória de sucesso, o refrigerante conquistou fãs por todo o país. No entanto, após a fusão entre a Brahma e a Antarctica no início dos anos 2000, que deu origem à gigante Ambev, a marca foi retirada de circulação em 2001.
Com seu famoso bordão "Quem bebe Grapette repete", o refrigerante de uva conquistou o paladar dos brasileiros desde sua chegada em 1948. Produzido inicialmente pela Companhia de Refrigerantes Guanabara, o sucesso foi tão grande que inspirou a abertura de diversas franquias pelo país. Apesar da forte presença nas décadas seguintes, a bebida acabou sendo retirada do mercado nacional.
Antes de se tornar sinônimo de paixonite entre os jovens, "Crush" era o nome de um dos refrigerantes mais populares das décadas de 1980 e 1990. De origem norte-americana, a bebida cítrica foi fabricada no Brasil por empresas como Golé e Pakera. Seu auge foi nas décadas finais do século XX, até sair de cena definitivamente em 1990.
Com sabores diferenciados, como noz-de-cola e tutti-frutti, o Baré conquistou o público brasileiro ao longo dos anos 80 e 90. Assim como o Guaraná Brahma, ele também foi descontinuado após a criação da Ambev, em 2000. No entanto, diferente dos demais, o refrigerante sobrevive em território amazônico, onde ainda é comercializado e disputa espaço com grandes marcas internacionais.
Essas bebidas representam mais do que sabores que marcaram uma geração — elas contam parte da história da indústria brasileira e da cultura pop de décadas passadas. Para muitos, cada gole traz à tona memórias de um tempo que não volta mais, mas que permanece vivo na lembrança de quem viveu essa era dourada dos refrigerantes nacionais.
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