Banco Mundial estima desaceleração do PIB do Brasil em 2025 e 2026

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Desaceleração é atribuída a política monetária restritiva e a um apoio fiscal limitado, segundo Banco Mundial - Adobe Stock
Desaceleração é atribuída a política monetária restritiva e a um apoio fiscal limitado, segundo Banco Mundial

Por Pedro Lima, da Broadcast

redacao@viva.com.br
Publicado em 07/10/2025, às 14h52

São Paulo, 07/10/2025 - O Banco Mundial estima que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil desacelere a 2,4% em 2025 e prevê crescimento de 2,2% em 2026, após avanço de 3,4% em 2024. A desaceleração é atribuída a política monetária restritiva e a um apoio fiscal limitado, que pesam sobre investimento e consumo. Já a taxa de crescimento da América Latina deve aumentar ligeiramente, de 2,2% em 2024 para 2,3% em 2025. Os dados são de um relatório divulgado nesta terça-feira pela instituição.

Entre os principais vizinhos, as projeções do Banco apontam que a Argentina deve ver seu crescimento ter forte aceleração a 4,6% em 2025, após retração de 1,3% no ano passado. O PIB deve continuar positivo em 2026 e 2027, com aumento previsto de 4% em cada ano. A Colômbia, com inflação mais moderada, deve ver avanço de 2,4% em 2025 e de 2,7% no ano seguinte. Já o PIB do Chile, beneficiado pela mineração, deve se manter em 2,6% neste ano, ante o ano passado, e desacelerar a 2,2% em 2026. No Peru, o PIB deve crescer 3% em 2025, abaixo dos 3,3% de 2024, e desacelerar ainda mais em 2026, a 2,5%.

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O relatório pontua, também, que o PIB mexicano deve arrefecer neste ano com o esgotamento de grandes obras e com o efeito das novas tarifas dos EUA. A previsão do Banco Mundial é que o crescimento do México desacelere a 0,5% neste ano, ante 1,4% em 2024, e volte para o patamar de 1,4% em 2026.

O Banco Mundial observa que o consumo privado seguirá como principal motor da demanda na América Latina em 2025, apoiado na recuperação do mercado de trabalho e na queda da inflação. Esse impulso, porém, é limitado por investimentos ainda fracos, devido a juros elevados, incertezas fiscais e entraves estruturais. Segundo o Banco, essa combinação mantém o crescimento abaixo do potencial e reforça a necessidade de políticas voltadas à produtividade e à integração comercial para sustentar a expansão regional.

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