Como consultar valores a receber no sistema bancário?

São Paulo, 31/12/2025 - Em qualquer época do ano, mas especialmente em momentos de aperto no orçamento, é possível descobrir se existem valores esquecidos em bancos e outras instituições financeiras.

O Banco Central mantém o Sistema de Valores a Receber (SVR), uma plataforma oficial que permite consultar e solicitar a devolução desses recursos de forma segura, digital e gratuita. O serviço vale para pessoas físicas, empresas e também para valores deixados por pessoas falecidas.

O que é  SVR?

O SVR é um serviço do Banco Central que reúne informações sobre valores esquecidos em bancos, consórcios, cooperativas de crédito e outras instituições financeiras.

Esses recursos podem ter origem em contas encerradas com saldo, tarifas cobradas indevidamente, cotas de consórcio não resgatadas, entre outras situações.

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O Banco Central não guarda nem devolve o dinheiro. Ele apenas informa onde está o valor e orienta o cidadão sobre como solicitar a devolução diretamente à instituição responsável.

Como fazer a consulta inicial

A consulta para saber se existe algum valor a receber é simples e pode ser feita sem login.

Dados necessários

• Pessoa física - CPF e data de nascimento
• Pessoa jurídica - CNPJ e data de abertura
• Pessoa falecida - CPF e data de nascimento

Após informar os dados, o sistema indica se há ou não valores vinculados àquele CPF ou CNPJ.

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Como acessar o valor e pedir a devolução

Se a consulta indicar a existência de valores, é necessário acessar o sistema completo.

Requisitos para login

• Conta gov.br nível prata ou ouro; e
• Verificação em duas etapas habilitada.

No caso de empresas, o acesso deve ser feito com certificado digital de pessoa jurídica, o e-CNPJ, vinculado à conta gov.br do representante legal.

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Após o login, o usuário deve acessar a área "Meus Valores a Receber", ler e aceitar o Termo de Ciência e conferir as informações disponíveis na tela.

O que o sistema mostra

• Valor a receber;
• Instituição responsável pela devolução;
• Origem do valor;
• Dados de contato da instituição; e
• Formas de solicitar o pagamento.

Quando houver a opção 'Solicitar por aqui'

O usuário deve escolher uma chave Pix vinculada ao CPF, preencher os dados solicitados e guardar o número de protocolo, nessa modalidade, o valor costuma ser devolvido em até 12 dias úteis. Mesmo com Pix, a instituição pode usar TED ou DOC para a conta relacionada à chave escolhida.

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A instituição pode entrar em contato por telefone ou e-mail para confirmar a identidade. Senhas nunca devem ser informadas.

E Quando não houver chave Pix disponível, o cidadão pode entrar em contato diretamente com a instituição financeira para combinar a devolução ou criar uma chave Pix e retornar ao sistema para concluir o pedido. Nesse caso, o prazo de 12 dias úteis não é obrigatório.

Quando o sistema não permitir solicitação direta, o contato deve ser feito exclusivamente com a instituição indicada para combinar a forma de pagamento.

Consulta de pessoas falecidas

Também é possível verificar se há valores a receber em nome de pessoas falecidas, desde que o interessado seja herdeiro, inventariante, testamentário ou representante legal.

O acesso deve ser feito com a conta gov.br do próprio consultante, nunca com a conta da pessoa falecida, e exige nível prata ou ouro com verificação em duas etapas.

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Dentro do sistema, é preciso selecionar a opção 'Valores para Pessoas Falecidas', informar o CPF e a data de nascimento e aceitar o Termo de Responsabilidade.

O sistema informa:

• Instituição responsável;
• Origem do valor; e
• Faixa do valor a receber.

A documentação necessária para o resgate deve ser solicitada diretamente à instituição financeira. O Banco Central não analisa documentos nem recebe pedidos fora do sistema.

Comprovante e segurança

Após a consulta ou solicitação, o usuário pode gerar um comprovante com todas as informações, incluindo valor, instituição e protocolo.

No computador, o arquivo pode ser salvo ou impresso. No celular, pode ser compartilhado por e-mail ou aplicativos de mensagem.

O Banco Central reforça que não envia links, não faz contatos individuais para devolução de valores e não pede senhas. O acesso deve ser feito apenas pelo site oficial do SVR.

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A consulta é gratuita, rápida e pode revelar valores esquecidos ao longo dos anos, em muitos casos, o dinheiro fica parado por falta de informação do titular.