Taxa de desemprego cai para 5,2% e atinge menor nível da série histórica
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Por Fabiana Holtz e Equipe Broadcast
redacao@viva.com.brSão Paulo e Rio, 30/12/2025 - A taxa de desocupação no Brasil ficou em 5,2% no trimestre encerrado em novembro, de acordo com os dados mensais da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em igual período de 2024, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 6,1%.
No trimestre móvel até outubro, a taxa de desocupação estava em 5,4% - na metodologia, trimestre móvel refere-se a grupos de três meses consecutivos, renovados a cada mês.
O País registrou crescimento de 601 mil vagas no mercado de trabalho em apenas um trimestre, segundo a pesquisa. A população ocupada ficou em 103,019 milhões de pessoas no trimestre encerrado em novembro de 2025. Em um ano, esse contingente aumentou em 1,103 milhão de pessoas.
O nível da ocupação - porcentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar - passou de 58,8% no trimestre encerrado em agosto para 59,0% no trimestre até novembro. No trimestre terminado em novembro de 2024, o nível da ocupação era de 58,8%.
Já a população desocupada diminuiu em 441 mil pessoas em um trimestre, totalizando 5,644 milhões de desempregados no trimestre até novembro. Em um ano, 988 mil pessoas deixaram o desemprego.
A população inativa somou 108,662 milhões de pessoas no trimestre encerrado em novembro, 160 mil inativos a mais que no trimestre anterior. Em um ano, houve aumento de 115 mil pessoas.
Renda média
A renda média real do trabalhador cresceu 4,5% no trimestre encerrado em novembro ante igual período do ano anterior, para R$ 3.574,00.
A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 363,7 bilhões no trimestre encerrado em novembro, alta de 5,8% ante igual período do ano passado.
A massa de salários em circulação na economia aumentou em R$ 19,881 bilhões no período de um ano, para R$ 363,7 bilhões, uma alta de 5,8% no trimestre encerrado em novembro ante o trimestre terminado em novembro de 2024.
Na comparação com o trimestre terminado em agosto, a massa de renda real subiu 2,5%, com R$ 8,985 bilhões a mais.
Setor privado
O trimestre encerrado em novembro mostrou uma abertura de 236 mil vagas com carteira assinada no setor privado em relação ao trimestre encerrado em agosto. Na comparação com o mesmo trimestre de 2024, 979 mil vagas foram criadas no setor privado.
O total de pessoas com carteira assinada no setor privado foi de 39,354 milhões de trabalhadores no trimestre até novembro, enquanto os sem carteira assinada somaram 13,632 milhões de de pessoas, 124 mil a mais do que no trimestre anterior. Em relação ao trimestre até novembro de 2024, foram criadas 486 mil vagas sem carteira no setor privado.
O trabalho por conta própria ganhou a adesão de 112 mil pessoas em um trimestre, para um total de 26,045 milhões de trabalhadores. O resultado representa 734 mil pessoas a mais trabalhando nesta condição na comparação com o mesmo período do ano anterior.
O número de empregadores diminuiu em 36 mil em um trimestre, para 4,158 milhões de pessoas. Em relação a novembro de 2024, o total de empregadores encolheu em 2,4%, número que representa um recuo de 104 mil empregadores.
O País teve um aumento de 6 mil pessoas no trabalho doméstico em um trimestre, para um total de 5,561 milhões de pessoas. O resultado representa queda de 377 mil trabalhadores ante o mesmo trimestre do ano anterior.
O setor público teve 250 mil pessoas a mais no trimestre terminado em novembro ante o trimestre encerrado em agosto, para um total de 13,1 milhões de ocupados. Na comparação com o trimestre até novembro de 2024, foram abertas 484 mil vagas.
Informalidade
No período, o País registrou uma taxa de informalidade de 37,7% no mercado de trabalho, alcançando 38,817 milhões de trabalhadores atuando na informalidade. O resultado representa uma queda de 61 mil trabalhadores nesta situação em relação ao trimestre anterior.
Desalento
O Brasil registrou 2,605 milhões de pessoas em situação de desalento no trimestre encerrado em novembro, segundo a pesquisa do IBGE.
O resultado significa 63 mil desalentados a menos em relação ao trimestre encerrado em agosto, um recuo de 2,4%. Em um ano, 386 mil pessoas deixaram a situação de desalento, baixa de 12,9%.
A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade - e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga. Os desalentados fazem parte da força de trabalho potencial.
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