Equilibrar as finanças é motivo de estresse para mais da metade dos brasileiros

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Necessidade de aumentar a renda é apontada por 84% dos entrevistados como a principal causa - Envato
Necessidade de aumentar a renda é apontada por 84% dos entrevistados como a principal causa

Por Fabiana Holtz

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Publicado em 04/07/2025, às 10h42
São Paulo, 04/07/2025 – A dificuldade em equilibrar as finanças em meio a alta de preços é visível entre os brasileiros, mesmo diante dos melhores níveis de emprego com carteira assinada registrados recentemente. Segundo o Raio X do Investidor Brasileiro, levantamento anual realizado pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) em parceria com o Datafolha, 51% da população afirma que enfrenta alto estresse financeiro. 
A necessidade de aumentar a renda é apontada por 84% dos entrevistados como a principal causa de estresse, seguida por dificuldades para controlar as finanças (83%) e o esforço para cortar gastos supérfluos (72%). Segundo o levantamento, metade do público ouvido afirma se sentir constantemente pressionado com os próprios gastos.
Nesta edição da pesquisa buscou uma análise mais abrangente do tema, com a proposta de captar as reações a 12 afirmações como “Estou sempre preocupado em aumentar a minha renda” e “Tenho muito cuidado em controlar minhas finanças”. Nas edições anteriores os níveis de estresse eram baseados apenas na autopercepção dos entrevistados (baixo, médio ou alto estresse). 
O cruzamento de dados, no entanto, revela algumas contradições. Apesar de só 5% se identificarem no grupo de menor estresse, 22% disseram estar pouco estressadas. Enquanto 46% declararam ter um nível intermediário de preocupação com as finanças, somente 26% afirmaram se enquadrar nesse padrão.
A conexão entre endividamento e estresse também ficou clara, de acordo com a pesquisa. Cerca de 52 milhões de brasileiros, ou seja, um terço da população, afirmam ter alguma dívida em atraso em casa, dos quais 66% declaram estar sob forte estresse financeiro. Entre os não endívidados esse percentual é de 44%.
No recorte por gênero, as mulheres lideram entre as que mais reconhecem o peso da pressão financeira, com 60% assumindo passar por alto estresse, enquanto entre os homens essa parcela chega a 41%.

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