Governo lança novo programa de crédito imobiliário; BC prevê R$ 111 bi de recursos

Ricardo Stuckert / PR

No lançamento do programa de crédito imobiliário, o presidente Lula que pretende criar uma “sociedade de classe média” no País - Ricardo Stuckert / PR
No lançamento do programa de crédito imobiliário, o presidente Lula que pretende criar uma “sociedade de classe média” no País

Por Gabriel de Sousa e Geovani Bucci, da Broadcast

redacao@viva.com.br
Publicado em 10/10/2025, às 13h40 - Atualizado às 13h51
Brasília, 10/10/2025 - O governo federal lançou hoje, em São Paulo uma nova linha de crédito imobiliário. A proposta pretende corrigir o esgotamento da poupança como fonte de financiamento imobiliário e criar uma transição para um modelo mais flexível e sustentável. Segundo nota do Banco Central, o novo modelo irá viabilizar R$ 111 bilhões de recursos no primeiro ano. Com isso, serão R$ 52,4 bilhões a mais disponíveis no período, em relação ao modelo atual para financiamento habitacional, dos quais R$ 36,9 bilhões serão liberados de forma imediata.
 “Espera-se uma ampliação na concessão de financiamentos imobiliários e do acesso ao crédito para aquisição da casa própria em condições adequadas, em especial para famílias de menor renda não contempladas por programas habitacionais, mantendo-se preservada a robustez das regras de originação dessas operações de crédito”, diz a autarquia, na nota.

No novo mecanismo, a cada real emprestado no crédito habitacional, os bancos vão poder usar o mesmo valor em recursos da poupança livremente por até cinco anos, um prazo prorrogável mediante a concessão de novos financiamentos. Em fase de testes, o modelo será implementado gradualmente até o fim de 2026 e deve entrar em pleno funcionamento no ano seguinte. O período de transição foi pedido pelo setor de construção civil.

Inclusão social

Presente ao lançamento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que pretende criar uma “sociedade de classe média” no Brasil, a partir de políticas de inclusão social. “Há uma necessidade da gente continuar fazendo política de inclusão social, para ver se a gente faz as pessoas subirem um degrau na escala social, para que a gente crie uma espécie de sociedade de classe média”, afirmou Lula, destacando ainda que ninguém gosta de ser pobre e que é responsabilidade do Estado zelar pelas classes mais baixas.
 O presidente também rebateu as críticas feitas aos programas do governo, afirmando que 90% dos brasileiros são beneficiados com os projetos liderados pelo governo federal. Citando a derrota do governo na MP com alternativas à alta do IOF, ocorrido na quarta-feira, 8, o presidente declarou que ricos, fintechs e bets não querem pagar uma “merreca” de tributos.
“Muita gente faz muitas críticas às políticas de inclusão social que nós fazemos, que é muito dinheiro para Bolsa Família e Pé-de-meia, mas acontece que somos uma sociedade em que 90% ganham menos de R$ 5 mil por mês”, declarou Lula.

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