Inflação da cesta junina é de 1,60% em 2025, com maior impacto no ovo

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Produtos dessa cesta típica têm reduzido o ritmo de alta em 12 meses desde o ano passado - Adobe Stock
Produtos dessa cesta típica têm reduzido o ritmo de alta em 12 meses desde o ano passado

Por Fabiana Holtz

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Publicado em 06/06/2025, às 13h30

São Paulo, 06/06/2025 – Nesta temporada de festas juninas, os itens mais tradicionais dessa festividade apresentam alta nos preços de 1,60%, de acordo com levantamento do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE). A pesquisa comparou os preços de 27 produtos alimentícios do Índice de Preços ao Consumidor - Mercado (IPC-M).

O resultado é bastante inferior aos 4,56% observados pela inflação medida pelo IPC-M geral. Assim, este ano a inflação da cesta junina está abaixo da taxa geral, revertendo a trajetória de anos anteriores.

gráfico da cesta junina 2025
Evolução dos preços da cesta junina medida pelo FGV/IBRE

O vilão da temporada, como esperado, foi o ovo, que registrou alta de 15% no período. Nessa lista também entraram o aipim/mandioca, com alta de 13,03%; o leite de coco, que subiu 12,96% no acumulado em 12 meses; e doces e chocolates, com avanço de 12,81%.

Na outra ponta, entre as surpresas reveladas pelo levantamento, a batata inglesa registrou queda de 26,28% no acumulado dos últimos 12 meses. Em 2024, o produto apresentou alta expressiva de 42,16%. Fubá de milho, milho em conserva e milho de pipoca também se destacaram, com baixa de 8,10% 5,99% e 5,22% respectivamente.

Segundo Matheus Dias, economista do FGV IBRE, é importante observar que os produtos dessa cesta típica têm reduzido o ritmo de alta em 12 meses desde o ano passado. “Itens que estavam entre os vilões, hoje figuram entre as principais quedas: arroz, milho e derivados, batata-inglesa e batata-doce lideram as maiores quedas”, acrescenta.

Impactos do clima

Segundo ele, as expectativas de safras mais generosas no setor agrícola têm influenciado os preços desde o primeiro trimestre. Apesar do registro de algumas altas expressivas em alguns produtos, o pesquisador pondera que a tendência é de preços mais bem comportados, com menor volatilidade ao longo deste ano, em contraste com o que ocorreu em 2023, quando chegou a registrar alta de quase 50% em 12 meses.

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