Expectativa para novo papa tem participação de 7 cardeais do Brasil

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O processo para escolher o novo papa pode levar alguns dias - Divulgação/Fotos Públicas
O processo para escolher o novo papa pode levar alguns dias

Por Beatriz Duranzi

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Publicado em 07/05/2025, às 14h09

O Brasil, país com a maior população católica do mundo, tem representação significativa no conclave de 2025. Dos oito cardeais brasileiros, sete estão aptos a votar:

  1. Odilo Scherer (Arcebispo de São Paulo)
  2. Sérgio da Rocha (Arcebispo de Salvador)
  3. João Braz de Aviz (Arcebispo emérito de Brasília)
  4. Orani Tempesta (Arcebispo do Rio de Janeiro)
  5. Leonardo Steiner (Arcebispo de Manaus)
  6. Paulo Cezar Costa (Arcebispo de Brasília)
  7. José Francisco Rezende Dias (Arcebispo de Niterói)

João Braz de Aviz é o único cardeal brasileiro residente no Vaticano e é considerado um dos possíveis candidatos ao papado.

O novo papa enfrentará desafios significativos, incluindo a continuidade das reformas iniciadas por Francisco, questões relacionadas à inclusão de mulheres e LGBTQ+, e a abordagem de casos de abuso dentro da Igreja.

Entre os principais candidatos estão os cardeais Pietro Parolin, Luis Antonio Tagle, Peter Turkson, Matteo Zuppi e Robert Sarah, representando uma variedade de perspectivas teológicas e geográficas. 

Como funciona o processo de eleição?

O conclave é o processo pelo qual a Igreja Católica escolhe seu novo líder espiritual, o Papa. A palavra "conclave" deriva do latim cum clave, que significa "com chave", refletindo o isolamento dos cardeais durante a eleição. Desde o século XIII, os cardeais se reúnem em segredo na Capela Sistina, no Vaticano, para deliberar e votar até que um novo pontífice seja escolhido

A eleição do Papa é conduzida por cardeais com menos de 80 anos, conhecidos como cardeais eleitores. Atualmente, 133 cardeais participam do conclave. O processo começa com a missa Pro Eligendo Pontifice, seguida pelo isolamento dos cardeais na Capela Sistina. 

Durante o conclave, são realizadas até quatro votações diárias: duas pela manhã e duas à tarde. Para que um candidato seja eleito, é necessário obter uma maioria de dois terços dos votos, o que equivale a 89 votos no atual conclave.

Caso haja 34 votações sem consenso, os dois mais votados da última rodada disputarão uma espécie de "segundo turno". Ainda assim, será necessário atingir dois terços dos votos para que um deles seja eleito.

Após cada rodada de votação, as cédulas são queimadas. A fumaça resultante é liberada por uma chaminé instalada na Capela Sistina: fumaça preta indica que nenhum candidato foi eleito, fumaça branca sinaliza que um novo Papa foi escolhido.

Onde acontece o conclave?

O conclave ocorre na Capela Sistina, localizada no Palácio Apostólico do Vaticano. Este local é escolhido por sua importância histórica e simbólica, além de permitir o isolamento necessário para o processo eleitoral. Durante o conclave, os cardeais ficam incomunicáveis, sem acesso a meios de comunicação externos, garantindo a confidencialidade das deliberações.

Duração do conclave

A duração de um conclave pode variar. Em tempos modernos, o processo costuma ser concluído em poucos dias. Por exemplo, os conclaves de 2005 e 2013, que elegeram os papas Bento XVI e Francisco, respectivamente, duraram dois dias cada. No entanto, conclaves mais longos já ocorreram na história. O mais longo durou quase três anos, entre 1268 e 1271. 

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