CONARH: VM Filmes
Publicado em 19/08/2025, às 18h49 - Atualizado às 19h04
São Paulo, 19/08/2025 - O papel hoje do profissional de recursos humanos não se limita aos muros da empresa e se mistura ao papel social da organização, de acordo com Leyla Nascimento e Paulo Sardinha, respectivamente presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH) e presidente do Conselho Deliberativo. Durante a realização do 51º Conarh, o congresso do setor realizado pela entidade, que acontece de hoje até quinta-feira, 21, eles falaram com o Viva a respeito de temas como longevidade, saúde mental e o impacto do modelo híbrido de trabalho na cultura organizacional, que estão cada vez mais presentes nas corporações e nas discussões envolvendo a área de RH.
De acordo com Nascimento, a ABRH agora tem uma parceria com a Agência Nacional de Saúde (ANS), que tem o objetivo de tratar de temas que estão preocupando o setor. “Como a questão dos 50+. Sabemos que as empresas estão preocupadas com isso. Eles estão retornando ou se mantendo no mercado de trabalho, porque sabem fazer análise, sabem tomar decisões, porque as novas gerações estão um pouco surpreendidas com todas essas mudanças”, diz.
A respeito da importância dos 50+, Sardinha exemplifica com o caso de um piloto, que quanto mais ele avança na profissão e vai conquistando horas voadas, mais respeito ganha.
"Falar de 50+ é falar na perpetuação, na perenidade de todo o conhecimento que foi adquirido ao longo de uma vida. Não se pode perder esse conhecimento.”
Leia também: Dia do Profissional de RH: entenda a origem da data e como celebrá-la
Nascimento também chama a atenção para o desafio de lidar com o impacto do modelo híbrido na cultura da empresa. “Estamos vivendo hoje um momento de transformação, porque o modelo híbrido trouxe uma nova forma de trabalho. E o RH está sendo desafiado a trabalhar dessa forma. A questão está em discussão", afirma.
Quando se fala em saúde mental, Sardinha diz que o assunto ganhou “muita relevância”, desde o fim da pandemia. “Acho que eclodiu a necessidade de se olhar com muita atenção, porque o ambiente organizacional não é somente um ambiente produtivo, é também de bem-estar. Se estabelece uma relação muito fácil entre produtividade e competitividade, com a qualidade do bem-estar”, argumenta ele. “As empresas começaram a desenvolver políticas de bem-estar e de saúde, exatamente porque estamos reconhecendo a importância da questão, diz Leyla.
Em relação a esta edição do Conarh, que também marca os 60 anos da ABRH, Sardinha afirma que o evento é um momento de ressignificação. Segundo ele, o volume de informação e conhecimento que circula nos três dias do evento é enorme. “São 4 mil inscritos de todo o País”, ressalta.
De acordo Nascimento, o Conarh não atrai apenas aqueles que atuam na área de RH, mas também aqueles que têm a responsabilidade de liderar pessoas. Ela também chama a atenção para a diversidade de empresas com estandes no congresso. “Mas aqui não é uma feira de negócios, aqui é um ambiente de circulação de conhecimento. O grande patrimônio aqui é conhecimento”, diz.
São 140 palestrantes que produzirão mais de 40 horas de conteúdo em 100 palestras ao longo dos três dias do evento, que também abriga mais de 300 estandes. De acordo com a presidente da ABRH, cerca de 50.000 pessoas passarão pelo evento, que contou até com um pocket show do cantor Paulo Ricardo. A programação completa pode ser acessada no site do do congresso, que está sendo realizado no São Paulo Expo, na Rodovia dos Imigrantes.
Política de comentários
Este espaço visa ampliar o debate sobre o assunto abordado na notícia, democrática e respeitosamente. Não são aceitos comentários anônimos nem que firam leis e princípios éticos e morais ou que promovam atividades ilícitas ou criminosas. Assim, comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos, agressivos, que usam palavras de baixo calão, incitam a violência, exprimam discurso de ódio ou contenham links são sumariamente deletados.