Quer entrar bem em 2026? Conheça as principais simpatias de Ano Novo
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Por Alessandra Taraborelli
30/12/2025 | 08h45 ● Atualizado | 09h28
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São Paulo, 30/12/2025 - Passada as comemorações de Natal, o foco passa a ser o Ano Novo e, junto com isso começam os balanços sobre o ano que está terminando e as promessas sobre o que queremos realizar. Esta também é uma época em que as pessoas buscam fazer simpatias para atrair coisas boas para o ano vindouro.
A celebração da passagem de ano é um dos rituais mais antigos e universais da humanidade, refletindo o desejo de renovação e novos começos. A "ideia de Ano Novo” e a forma como celebramos hoje são o resultado de uma rica trajetória histórica e cultural.
A psicoterapeuta e numeróloga Maria Alice Bulgarelli lembra que as primeiras celebrações de um novo ciclo foram por volta de 2000 antes de Cristo (a.c.), na Mesopotâmia, que marcava a colheita e o início de um novo ano agrícola, geralmente na segunda quinzena de março, após o equinócio da primavera. Era um tempo de festejar a fertilidade da terra e a promessa de um novo começo.
“No Brasil, as festividades de Ano Novo, conhecidas como Réveillon, são marcadas por uma energia contagiante e uma rica diversidade de rituais. Mais do que uma simples contagem regressiva, a virada do ano por aqui é um mosaico cultural que combina fé, esperança e a alegria típica do nosso povo”, diz a psicoterapeuta.
As simpatias de réveillon são práticas carregadas de simbolismo, transmitidas de geração em geração, que ajudam a expressar nossos desejos e esperanças para o novo ano. “No Brasil, essas tradições são um verdadeiro patrimônio cultural, tornando a virada do ano um momento ainda mais especial”, afirma.
Para quem acredita em rituais de final de ano, Maria Alice separou algumas simpatias para serem realizadas durante a virada do ano.
Principais simpatias de Ano Novo
Vestir roupa branca: considerada a simpatia mais visível, vestir branco simboliza paz, purificação e renovação. Acredita-se que essa cor atrai tranquilidade e harmonia para o ano que se inicia, afastando as energias negativas. Essa tradição tem forte influência das religiões afro-brasileiras, mas se popularizou em todo o País.
Pular sete ondas: para quem celebra à beira-mar, pular sete ondas é quase um rito obrigatório. A cada pulo, faz-se um pedido ou agradecimento. A prática, ligada à orixá Iemanjá, representa purificação, força para superar obstáculos e abertura de caminhos, trazendo sorte e renovação de energias.
Comer lentilhas: na ceia de Ano-Novo, a lentilha é associada à prosperidade. Seu formato arredondado remete a moedas, e a crença é que comer uma colher à meia-noite (ou no primeiro prato) atrai abundância financeira e fartura para o ano que se inicia.
Comer romã: a romã é símbolo de fertilidade e abundância. A simpatia consiste em comer a fruta e guardar sete sementes na carteira ou bolsa, com a expectativa de atrair prosperidade financeira ao longo do ano.
Comer uvas: influenciada por costumes ibéricos, a tradição de comer doze uvas à meia-noite — uma para cada badalada do relógio — visa atrair sorte e prosperidade para cada um dos doze meses do ano.
Evitar aves que ciscam para trás: muitos evitam servir frango ou peru na ceia, pois acredita-se que essas aves “ciscam para trás”, simbolizando retrocesso. A preferência recai sobre carne de porco, que “fuça para frente”, representando progresso e avanço para o novo ano.
Folha de louro na carteira: o louro é associado à vitória e ao sucesso. Colocar uma folha de louro na carteira na virada do ano é uma simpatia para atrair prosperidade, sorte nos negócios e estabilidade financeira, além de trazer foco e perseverança e proteção.
Calendário de ano novo
A passagem de ano, embora comemorada em 1º de janeiro em muitos lugares, possui datas e rituais próprios em diversas culturas, cada qual com seu significado e simbolismo. No Império Romano, a data do Ano Novo teve algumas variações. Inicialmente, era comemorado em 1º de março.Contudo, em 46 a.c., o imperador Júlio César instituiu o calendário Juliano, fixando o dia 1º de janeiro como o início do ano. Esta escolha foi uma homenagem a Jano, o deus romano das transições, dos inícios e dos fins, que possuía duas faces — uma olhando para o passado e outra para o futuro. Essa decisão consolidou a data que a maioria do mundo ocidental segue até hoje.
O termo que usamos para a festa da virada, "Reveillon", tem origem francesa e vem do verbo "réveiller", que significa "acordar" ou "despertar". No século XVII, na França, as festas noturnas da nobreza que se estendiam pela madrugada eram chamadas de "Réveillons". Com o tempo, a palavra passou a ser associada especificamente às celebrações da véspera de Ano Novo, marcando a passagem para um novo período.
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