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Por Juliana Garçon e Gabriela Gabriela da Cunha, do Broadcast
[email protected]Rio, 05/07/2025 - O vice-presidente da República e ministro de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços do Brasil, Geraldo Alckmin, afirmou que o Brics se transformou em um importante protagonista na geopolítica mundial.
"O presidente Lula tem defendido maior protagonismo sul-sul, multilateralismo e livre comércio. Destaco aqui o compromisso de Lula com governança e para o desenvolvimento e inclusão com sustentabilidade", disse Alckmin, que participa do Fórum Empresarial do Brics, no Pier Mauá, na região portuária do Rio, organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Entre os países fundadores do Brics, criado há duas décadas, estão Brasil, Rússia, Índia e China, com a adesão da África do Sul alguns anos depois. Há menos tempo, o Brics foi ampliado, passando a contar com Egito, Etiópia, Emirados Árabes Unidos e Irã. A Arábia Saudita tem participado do encontro, mas ainda não oficializou sua entrada definitiva no grupo.
Como anfitrião do evento em 2025, o Brasil convidou Belarus, Bolívia, Cuba, Nigéria, Casaquistão, Malásia, Tailândia, Uganda e Usbequistão para participarem de sessões de debates mais amplas.
Ricardo Alban, presidente da CNI, destacou que a participação dos representantes do Brics no evento é uma valorização do diálogo com o setor privado e reforça a importância do fórum para o comércio e investimentos intrabloco. "A CNI tem buscado a complementaridade de ações. Um dos objetivos é identificar sinergias com os mercados que já fazem parte do Brics e dos novos países do bloco", pontuou.
O intercâmbio comercial entre os países-membros do Brics ainda enfrenta uma série de entraves apesar da força econômica dos países que compõem o bloco - juntos respondem por cerca de 40% do PIB global e por quase um quarto do comércio mundial de bens.
Conforme relatório elaborado pelo Conselho Empresarial do Brics (Cebrics), órgão oficial de representação do setor privado dos países-membros, há 24 barreiras não tarifárias - de natureza regulatória, sanitária, fitossanitária, técnica, aduaneira e administrativa - que comprometem as trocas comerciais intrabloco.
A Índia aparece com o maior número de barreiras (10), seguida por China (9), Rússia (5) e Brasil (3).
"O comércio intrabloco comporta possibilidade de crescimento significativo. A liderança do Brasil em fóruns globais relevantes permite a construção de pontes entre diferentes blocos geopolíticos e a CNI está trabalhando para a articulação coordenada e propositiva para aumentar o impacto das recomendações da iniciativa privada. Vamos fazer com o Brics o mesmo esforço que já temos com o Mercosul", disse Alban.
O evento da CNI antecede a cúpula do Brics e aborda o desenvolvimento econômico sustentável por meio de estratégias de comércio e segurança alimentar, transição energética, descarbonização, desenvolvimento de habilidades e economia digital, além de financiamento e inclusão financeira no Brics.
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