Para além de contornar a questão do tarifaço, Alckmin disse que os dois países possuem "complementaridade" econômica em diversas pautas e, entre as questões que precisam avançar, citou as negociações sobre os minerais críticos e estratégicos que podem ser encontrados nas terras brasileiras.
Do ponto de vista político e institucional, o vice-presidente mencionou a
necessidade de reduzir a carga de impostos no País, especialmente após a reforma tributária, que já acaba com questões como a bitributação no Brasil. Esse contexto, reforçou Alckmin, deve contribuir para a atração de investimentos estrangeiros no Brasil.
Foco na exclusão de itens
Segundo Alckmin, o governo brasileiro seguirá trabalhando para que mais itens sejam excluídos do tarifaço imposto pelos Estados Unidos. "Nosso trabalho é lutar por mais exclusões e para baixar as alíquotas" disse ao discursar durante a 26ª conferência anual do banco Santander, em São Paulo.
Ao comentar sobre o
plano de contingência para o tarifaço já anunciado pelo governo, Alckmin reforçou que todas as medidas são focalizadas nas empresas afetadas e tratam-se de medidas transitórias. Especialmente na questão de pagamentos de impostos por essas empresas, o vice-presidente mencionou que as medidas antecipam alguns dos efeitos da reforma tributária, como o fim dos créditos tributários.
O vice-presidente pontuou que esse recurso não pertence à União e sim às empresas e que é preciso reforçar que empresas brasileiras que exportam não devem pagar impostos. "O recurso não é do governo, é do setor privado, o que estamos fazendo é antecipar efeitos da reforma tributária", disse ele.
Ainda em relação às medidas para combater efeitos do tarifaço, Alckmin destacou que, no setor agropecuário é mais fácil fazer o
redirecionamento da produção do que na indústria, mas que o governo seguirá trabalhando para a abertura de novos mercados.