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Brasil e EUA ainda podem fazer relação ganha-ganha, diz Alckmin

Marcelo Camargo/Agência Brasil

Governo seguirá trabalhando para que mais itens sejam excluídos do tarifaço imposto pelos EUA, disse Alckmin - Marcelo Camargo/Agência Brasil
Governo seguirá trabalhando para que mais itens sejam excluídos do tarifaço imposto pelos EUA, disse Alckmin

Por Daniel Tozzi Mendes e Francisco Carlos de Assis, da Broadcast

redacao@viva.com.br
Publicado em 19/08/2025, às 14h45
São Paulo, 19/08/2025 - O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, reforçou nesta terça-feira que ainda acredita em uma relação "ganha-ganha" entre Estados Unidos e Brasil. Ele reforçou que se tratam das duas maiores economias do continente americano e as duas maiores democracias do hemisfério Ocidental.
Para além de contornar a questão do tarifaço, Alckmin disse que os dois países possuem "complementaridade" econômica em diversas pautas e, entre as questões que precisam avançar, citou as negociações sobre os minerais críticos e estratégicos que podem ser encontrados nas terras brasileiras.
Leia também: Governo terá resposta para tarifaço até o dia 18/08, diz Itamaraty
Do ponto de vista político e institucional, o vice-presidente mencionou a necessidade de reduzir a carga de impostos no País, especialmente após a reforma tributária, que já acaba com questões como a bitributação no Brasil. Esse contexto, reforçou Alckmin, deve contribuir para a atração de investimentos estrangeiros no Brasil.

Foco na exclusão de itens

Segundo Alckmin, o governo brasileiro seguirá trabalhando para que mais itens sejam excluídos do tarifaço imposto pelos Estados Unidos. "Nosso trabalho é lutar por mais exclusões e para baixar as alíquotas" disse ao discursar durante a 26ª conferência anual do banco Santander, em São Paulo.
O vice-presidente reforçou que muitos itens já foram excluídos dos efeitos do tarifaço americano e que, do volume total do que o Brasil exporta todo ano, apenas 4% está hoje penalizado pelas tarifas de 50% dos EUA. Ainda assim, ele disse que acredita que pode haver novas negociações com os americanos.
Ao comentar sobre o plano de contingência para o tarifaço já anunciado pelo governo, Alckmin reforçou que todas as medidas são focalizadas nas empresas afetadas e tratam-se de medidas transitórias. Especialmente na questão de pagamentos de impostos por essas empresas, o vice-presidente mencionou que as medidas antecipam alguns dos efeitos da reforma tributária, como o fim dos créditos tributários.
O vice-presidente pontuou que esse recurso não pertence à União e sim às empresas e que é preciso reforçar que empresas brasileiras que exportam não devem pagar impostos. "O recurso não é do governo, é do setor privado, o que estamos fazendo é antecipar efeitos da reforma tributária", disse ele.
Ainda em relação às medidas para combater efeitos do tarifaço, Alckmin destacou que, no setor agropecuário é mais fácil fazer o redirecionamento da produção do que na indústria, mas que o governo seguirá trabalhando para a abertura de novos mercados.
Palavras-chave Alckmin Brasil EUA tarifaço

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